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A prestigiada Revista Science, em sua edição do dia 06 de novembro, publicou um estudo feito por pesquisadores brasileiros e de diversos outros países, que levanta questões relativas às novas leis nacionais sobre usinagem e mineração, e como estas podem ameaçar os ecossistemas nacionais.
O Novo Código de Mineração, apesar de estar ainda em estudos pelo Congresso, é cercado de polêmicas e fez com que Dilma Rousseff, a presidente da república, adiasse sua votação várias vezes. Agora, após sua reeleição, o setor pressiona o Estado a se decidir sobre o tema. A questão é que muitos pontos do Código são negativos ao meio ambiente, ameaçando a sustentabilidade – como, por exemplo, na proposta de exploração de 10% de todo e qualquer parque nacional, com a finalidade de atividades de mineração.
Segundo a legislação vigente, é totalmente vedada a exploração de recursos em áreas preservadas, o que – bem ou mal – protege esses espaços do país, ao menos, de maneira oficial – embora, curiosamente, permita a sondagem do solo.
Nada diferente do que ocorre no caso de tantas obras de usinas hidrelétricas – como Belo Monte, Jirau, entre outras –, por seu porte, acabarão também impactando, negativamente, as áreas de proteção ambiental.
Embora o mundo louve o fato de o Brasil ter uma matriz energética renovável – baseada em energia a partir da água –, essas novas iniciativas de expansão de usinas têm recebido críticas absolutamente contundentes da comunidade internacional. Com isso, segundo dados do artigo, 20% de zonas de conservação poderão ser afetadas e, consequentemente, degradadas; isso sem contar com as áreas indígenas, que também passariam a ser exploradas, pondo em risco a segurança e a vida desses povos.
Além disso, a destruição de florestas ainda gera uma grande migração de pessoas para as cidades e, consequentemente, compromete a infraestrutura urbana, amplia déficit habitacional, entre muitos outros problemas em centros urbanos.
O artigo da Science vai ainda mais longe e destaca a falta de chuvas, que levou à seca em diversos Estados jamais atingidos pelo fenômeno. A única coisa que se pode fazer, com a finalidade de mitigar o processo – já que reverter o processo não é tão possível – é através da preservação ambiental.
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Fonte fotos: freeimages.com
Categorias: Ambiente, Informar-se
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