Índice
Muitos já sabiam e os dados oficiais ainda não revelados, mas já divulgados pela , de que no começo de novembro o desmatamento na área da Amazônia cresceu, nada mais nada menos, que 122% em agosto e setembro de 2014 – em comparação ao mesmo período do ano anterior.
O índice representa 1.626 km² de devastação nas florestas. Embora o governo já estivesse ciente dos números, havia fortes de que os números foram retidos pelas autoridades federais, já que poderiam ter impacto negativo na eleição de outubro – que justamente resultou em uma apertada reeleição para a presidenta Dilma Rousseff.
Outro fato que serve para corroborar a suspeita é o de que os trabalhos de levantamento já estavam prontos, ao menos, desde o dia 14 de outubro, no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e no dia 24 do mesmo mês foram encaminhados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, mas não vieram a público.
Os dados de desmatamento começam a ser medidos em agosto e vão até julho do ano seguinte. Por isso, o acumulado já seria impactante – 122%.
Em agosto, houve um salto de 208% – também em comparação a 2013 – em setembro, 66% de aumento, na comparação.
A expansão da agropecuária pode ser considerada uma das peças-chave para explicar o aumento tão expressivo do desmatamento, no norte do país. Afinal, com a estagnação da economia, o setor agrícola é o único com clara expansão.
2014, por ser ano eleitoral, também pode ter sua parcela de “responsabilidade” pelos números, já que, nessas épocas, é bem comum não haver tanta fiscalização nas áreas verdes e, com isso, aliado às mudanças na legislação, há uma espécie de encorajamento dos crimes ambientais.
O próprio IBAMA ressalta que tem havido um crescimento de ações do crime organizado na venda ilegal de madeira brasileira. Inclusive, é a justificativa que o órgão usa para justificar a demora na divulgação dos dados, isto é, não queriam a utilização das informações pelas forças criminosas.
Oficialmente, a chefia do IBAMA relata que a divulgação dos dados jamais foi mensal, mas no site do Deter a informação é justamente contrária, ou seja, afirma-se oficialmente o compromisso na divulgação de relatórios mensais.
Os dados ainda não tiveram divulgação oficial, mas já conta com informações relevantes na imprensa.
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Fonte foto: freeimages.com
Categorias: Ambiente, Informar-se
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