Com o objetivo de estudar o que ocorre com a pluma de poluição emitida pela região metropolitana de Manaus, capital do Amazonas, – ou seja, descobrir para onde vão as partículas, como interagem com compostos emitidos pela Floresta Tropical e como afetam as propriedades das nuvens na região –, dois aviões de pesquisa com instrumentos de última geração sobrevoaram a Amazônia, durante quase 200 horas – somando 8.4 dias ininterruptos – ao longo de 2014.
Duas operações intensivas de coleta de dados foram realizadas, sob organização da campanha científica Green Ocean Amazon: uma na estação chuvosa, entre fevereiro e março, e a segunda no período de seca, entre setembro e outubro.
Alguns dos resultados foram apresentados nos dias 28 e 29 de outubro, em Washington, nos EUA, no simpósio FAPESP-U.S. Collaborative Research on the Amazon. No local, estiveram reunidos os mais de 50 pesquisadores que estão se dedicando à descobertas sobre os efeitos tanto da poluição, quanto da atividade humana, em relação a pontos como: química atmosférica, microfísica de nuvens e funcionamento dos ecossistemas.
O objetivo final do GOAmazon é estimar mudanças futuras no balanço radioativo, na distribuição de energia, no clima regional e seus resultados para o clima global.
A cidade de Manaus e seu entorno configuram um gigantesco laboratório a céu aberto para esse tipo de investigação. Isso por que a Capital – com várias usinas termelétricas, quase 2 milhões de habitantes e 600 mil carros – está rodeada por 2 mil quilômetros de floresta. Na época das chuvas, a região chega a ter níveis de material particulado tão baixos quanto os existentes, na era pré-industrial.
Os dados coletados pelas aeronaves ainda estão começando a ser analisados e vão se somar às medidas que estão sendo feitas nos diversos pontos terrestres de pesquisa do projeto GOAmazon, que estão previstos para operar até dezembro de 2015.
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Fonte foto: fotospublicas.com
Categorias: Ambiente, Informar-se
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