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Com a notória elevação dos níveis oceânicos, por conta do derretimento das calotas polares devido ao aquecimento global, muitos pontos belos e históricos dos Estados Unidos estão sob ameaça. Esses dados alarmantes foram divulgados ontém, 20, por meio de um relatório da instituição Union of Concerned Scientists – UCS.
Cabe ressaltar que não estamos falando de lugares quaisquer, mas simplesmente de pontos históricos como Cabo Canaveral, do Centro Espacial Kennedy e da própria Estátua da Liberdade, entre outros.
Segundo um dos cientistas-membro da UCS, Adam Markham, grande parte da história da própria formação dos Estados Unidos está expressa nesses monumentos. Markham é autor de uma obra investigativa sobre o tema “National Landmarks at Risk” – ou, em português, “Locais Históricos em Risco“.
A ameaça ocorre em um conjunto de 30 locais dos EUA, que abrigam monumentos ou áreas importantes culturalmente. Na verdade, o correto seria afirmar no plural, “as ameaças”, porque além das já apontadas inundações, há ainda risco de incêndios, resultantes das secas cada vez mais severas.
Locais como Jamestown, localizado no estado da Virgínia, poderão estar submersos até o fim do século XXI. Este foi o ponto onde foi fundada a primeira colônia inglesa nas Américas. Situações análogas são previstas para o Castelo de São Marcos, na Flórida e o Forte Monroe também na Virgínia.
A SAA – Sociedade Americana de Arqueologia – também mostrou preocupação com esse quadro, conforme revela um comunicado, tornado público na própria terça-feira, dia 20. Essa é uma organização dedicada à preservação de riquezas arqueológicas por todo o planeta.
A Nasa tem se debruçado com especial cuidado no Centro Espacial Kennedy e em outros pontos, e está criando planos de ação; mesmo porque, de 7 centros dessa agência espacial de prestígio, 5 estão localizados na costa norte-americana – justamente pela proximidade da água, fundamental para que sejam lançados veículos para o espaço em segurança.
Como esses estudos ilustram, a mudança climática não é mais uma ameaça distante para que outros tenham de se preocupar, muito pelo contrário. Seus efeitos já estão ocorrendo, com riscos sérios e crescentes a locais e áreas importantes para muitas nações do mundo – os EUA são apenas um exemplo.
Se as futuras gerações merecem desfrutar dos mesmos pontos turísticos que podemos conhecer hoje, precisamos agir o quanto antes, de modo a protegê-los dos impactos das mudanças do clima global.
O irônico é que a saída desse tenebroso cenário é conhecida há décadas: redução das emissões de carbono – responsáveis por aumentar a temperatura terrestre – menos poluição em geral, consumo consciente, melhor aproveitamento de resíduos, entre outras.
Entretanto, nem tudo está perdido. Segundo o IPCC – Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas – é possível limitar o aumento da temperatura global em até 2ºC, mas exigirá uma .
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Torcemos por dias melhores, para os EUA e o mundo todo.
Fonte foto: freeimages.com
Categorias: Ambiente, Informar-se
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