Cientistas da Nasa anunciaram, nesta segunda-feira (12), que o derretimento das geleiras na Antártida ocidental é irreversível. De acordo com os levantamentos, o derretimento que já se iniciou, não trará grandes efeitos imediatos nos oceanos, mas poderá aumentar até 3,6 metros a nível do mar nos próximos séculos.
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As conclusões, de quatro décadas de estudos, foram divulgadas durante uma entrevista coletiva convocada pela Nasa. Desde a década de 1970 os cientistas que estudavam as geleiras classificaram como ameaçada a região da Antártida sobre o mar de Admunsen, onde se encontram Pine Island e cinco outras geleiras gigantes.
Os pesquisadores afirmam que as causas prováveis do degelo sejam o aquecimento global provocado pelo homem – para os pesquisadores, o acúmulo de gases do efeito estufa na atmosfera está alterando os padrões de vento ao redor da Antártida, levando águas mais quentes ao continente – e alguns fatores naturais. Mas que a principal causa para o colapso nas geleiras da região é devido a água mais temperada do oceano que se infiltra por baixo da camada de gelo e erode a base da geleira acelerando seu derretimento.
Segundo o cientista Eric Rignot, autor do estudo desenvolvido pela Universidade da Califórnia em parceria com a Nasa, o processo de degelo é “irrefreável” e explicou que nenhuma ação humana ou mudança climática poderá deter o derretimento, porém, reduzir as emissões de gases do efeito estufa, que causam o aquecimento global, poderia frear a velocidade desse processo na Antártida ocidental.
Ainda não se conhece todas as possíveis consequências de um degelo como este, mas as principais não são difíceis de estimar: alterações climáticas importantes, aumentos de inundações ou desaparecimento de vilas costeiras, aumento de ocorrência de desastres naturais. Porém conhecemos a melhor maneira de atacar o problema, mas requer um esforço global e organizado, com uma maior eficiência no combate à poluição e queima de combustíveis fósseis.
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Fonte foto:bankoboev.ru
Categorias: Ambiente, Informar-se
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