Há uma grande ameaça em curso, considerada uma das maiores aos ecossistemas costeiros do Brasil. Trata-se do coral-sol, que começou seu crescimento pela área da baía da Ilha Grande e seguiu se espalhando por toda a região do litoral do estado do Rio de Janeiro.
O problema é tão alarmante que foi discutido em uma audiência pública, convocada por procuradores da República, ontem no Rio de Janeiro.
Investigações preliminares do Ministério Público Federal pressupõem que o coral-sol, ou coral assassino – que recebe esse nome porque expulsa as espécies nativas onde se aloja – chegou às águas do país por acidente, via plataformas de gás e petróleo, que foram encomendadas pela Petrobras e passaram por Angra dos Reis.
Como sua expansão é rápida e já foram afetadas pela contaminação, além de Angra, Paraty, Mangaratiba, Rio, Arraial do Cabo e Búzios, sendo considerada uma verdadeira praga muito difícil de ser controlada.
O primeiro registro de espécies de coral-sol no Brasil foi feito no final da década de 1980 e em 2012, uma procuradora da República, ao visitar a Estação Ecológica de Tamoios na baía de Ilha Grande, se surpreendeu com a expansão do coral, instaurando um inquérito civil público para apurar as causas. Mais tarde, constatou-se que o coral-sol, ajudado pelas altas temperaturas das águas naquela região, se desenvolveu rapidamente. As fontes da contaminação ambiental foram os terminais da Vale, da Brasfels e da própria Petrobras.
Especialistas alertam para a gravidade da situação, ressaltando que em pontos como Ilha Grande, o coral já se encontra em grande parte do fundo do mar, eliminando, através da competição, as espécies nativas, causando um grande desequilíbrio no local.
Deve-se averiguar quem são os responsáveis pelo desastre, puni-los, além de estacionar e compensar o dano ambiental aos ecossistemas costeiros prejudicados.
Fonte foto: commons.wikimedia.org
Categorias: Ambiente, Informar-se
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