Poluição atmosférica: um aspirador que capta o ar poluído


Na China, a poluição atmosférica é realmente um problema muito sério. O ar da cidade é irrespirável. Capitais como Pequim diariamente enfrentam nuvens escuras que sufocam os habitantes. Mas um designer holandês propôs a solução: um aspirador de fumaça.

Esperando ser capaz de reduzir a poluição, segundo Daan Roosegaarde, alguma coisa precisava ser feita. E enquanto os maiores países do mundo se perguntam o que fazer, e a população continua a produzir mais emissões do que o ambiente é capaz de suportar, poderia-se ao menos, tentar limitar os danos. Como? Com o seu aspirador de pó eletrônico capaz de sugar o ar poluído em camadas de até 50 metros de altura.

Em meados de outubro deste ano, Roosegarde demonstrou o funcionamento da sua máquina capturadora de fumaça em uma sala de 25 metros quadrados, no qual ele usou um campo eletrostático graças às bobinas de cobre para magnetizar e reduzir a poluição do ar do alto. Veja aqui o vídeo do ensaio:

Segundo o designer, o efeito poderia ser replicado se estes cilindros fossem enterrados em um parque público. A partir desta experiência, Roosegaarde está trabalhando com Bop Ursem, professor da Universidade Técnica de Delft, para tentar adaptar a tecnologia em Pequim.

Escolha não casual. A cidade está literalmente sendo sufocada. Recentemente, durante dois dias, uma espessa camada de poluição levou ao encerramento das atividades das escolas e ao bloqueio do tráfego nas cidades chinesas do nordeste do país. Pequim não é a única. Com 1.000 microgramas por metro cúbico, as leituras do material particulado na cidade de Harbin são três vezes maior que a concentração classificada como perigosa pela Organização Mundial da Saúde. E Pequim parece ter recebido bem a ideia do holandês tanto que, a cidade pretende colaborar para a realização do aspirador de poluição de Roosegaarde.

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Com certeza o aspirador não vai resolver o problema da poluição em Pequim, o designer está ciente disso, mas poderá sensibilizar a opinião pública. Se as pessoas pudessem ver a diferença entre um cilindro de ar puro e a poluição que as rodeia, a máquina representaria mais um grito de alerta para a real situação.

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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