A gigante chinesa de moda rápida, Shein, continua sob escrutínio devido às condições de trabalho desumanas em algumas de suas fábricas fornecedoras. De acordo com um relatório de investigação do grupo suíço Public Eye, os trabalhadores de alguns fornecedores da Shein relatam ainda cumprir até 75 horas semanais, apesar das promessas de melhorias feitas pela empresa.
Em uma continuação da investigação iniciada em 2021, o relatório revela que o excesso de horas extras ainda é uma realidade comum para muitos trabalhadores em fábricas na região de Guangzhou, sudeste da China. Além disso, os entrevistados indicaram uma média de 12 horas de trabalho por dia, sem contar os intervalos para refeições, e frequentemente trabalhavam seis a sete dias por semana.
Essas condições flagrantemente violam o próprio Código de Conduta da Shein para seus fornecedores, que estipula um limite de 60 horas semanais, incluindo horas extras. O caso não apenas ilustra a persistência da escravidão moderna, mas também levanta questões profundas sobre a sociedade de consumo.
Ao ignorar as condições desumanas em suas cadeias de fornecimento, empresas como a Shein perpetuam uma cultura que prioriza o lucro sobre o bem-estar dos trabalhadores. Como consumidores conscientes, é crucial exigir responsabilidade e transparência das empresas e buscar alternativas éticas em vez de apoiar práticas exploradoras.
A luta contra a escravidão moderna é uma batalha contínua, e todos têm um papel a desempenhar na promoção de condições de trabalho justas e dignas para todos os indivíduos.
Leia o relatório da Public Eye completo aqui
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Categorias: Moda
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