2050: o ano das catástrofes. Será?


Quem viver verá, ou melhor será não estar mais aqui para ver as catástrofes que podem assolar a Terra daqui a poucos anos? Vários estudos estipulam o ano de 2050 como um marco de ocorrência de diversas catástrofes.

Degelo no Ártico

Dentre os eventos mais temidos, até mesmo porque já está acontecendo, é o degelo no Ártico, provocado pelas emissões de gases de efeito estufa. Na prática, isso vai permitir que barcos atravessem o polo Norte e muitas espécies morram em decorrência da poluição, que se espalhará mais facilmente pelo planeta Terra.

Um recente estudo do Instituto Max Planck de Meteorologia (Alemanha) e do London College (Inglaterra), divulgado pela e publicado na revista Science, conseguiu mensurar a quantidade de dióxido de carbono adicional liberado na atmosfera para derreter a cobertura de gelo do mar.

Recentemente, em 2012, satélites identificaram que o gelo do Ártico atingiu a sua extensão mínima, desde que as observações foram iniciadas. De 1981 a 2010, havia sido registrada a média de 6,22 milhões km² de gelo, enquanto em 2012 foi reduzida para apenas 3,39 milhões de km².

A concentração de CO2 na atmosfera agrava o efeito estufa, segundo a pesquisa, fazendo com que menos calor seja dissipado. É assim que o clima global derrete o gelo do Ártico, por ficar mais quente.

Outras análises preocupantes

Outras foram feitas por Jane Goodall, uma antropóloga que há 40 anos estuda a vida social dos chimpanzés. Segundo ela, as pessoas serão obrigadas a abandonarem seus lares devido à elevação do nível do mar ou ao avanço da desertificação. Aqueles que não tiverem acesso à água potável e à terra para cultivar serão os principais afetados. Outros problemas apontados por Goodall para 2050 são a dificuldade da medicina no controle de infecções, por causa das superbactérias, e a destruição das florestas tropicais.

Também o uso de pesticidas e as alterações climáticas ameaçam as colheitas em todo o mundo. A Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas (FAO/ONU) alerta sobre a urgência de o setor agrícola reagir às alterações climáticas, porque elas podem levar 122 milhões de pessoas à miséria.

Somado-se a isso a matemática também diz que, em 2050, a população mundial chegará aos nove bilhões de pessoas. Para toda essa gente ser alimentada será preciso haver água suficiente. Entretanto, a degradação do meio ambiente, as alterações climáticas e o consumo excessivo vão reduzir o abastecimento de água em várias regiões do mundo, afetando, sobretudo, os países em desenvolvimento. Esse assustador cenário demográfico foi proposto por um estudo da Universidade de Washington, que afirma que serão cerca de 70% de pessoas a mais em 2100.

Todos juntos contra as catástrofes

Como resolver esse complicado processo que caminha a passos largos? Para garantir água e comida no futuro é preciso que haja políticas públicas internacionais que sejam aplicadas em âmbito local pelos governos. Setores público e privado de todo o mundo precisam se envolver em um pacto humano para preservar os recursos hídricos e assegurar as colheitas.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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