COP21 em Paris. O primeiro dia da conferência da ONU sobre a mudança climática viu subir ao palco do Le Bourget os representantes de alguns dos estados que mais poluem. A começar, Barack Obama e Xi Jinping.
O destino do clima e dos habitantes da Terra será decidido esta semana em Paris, onde se tentará chegar a um acordo global vinculativo para conter o aumento da temperatura terrestre em menos de 2°C.
O prazo acabou e a percepção de estar à beira do abismo parece ser mais real do que nunca. Domingo, nas maiores cidades do mundo, as pessoas saíram às ruas para protestar, pedindo para que se faça o possível para evitar a catástrofe ambiental.
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Aqui vai um pequeno resumo de ontem, o primeiro dia da conferência, contado com a ajuda do twitter:
O presidente de Kiribati, um dos países mais ameaçados pelas mudanças climáticas, disse que a nossa própria sobrevivência está em jogo.
“A questão agora deve ser, nós estamos realmente prontos para tomar as medidas necessárias?”.
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O presidente turco Erdogan sublinhou que a responsabilidade dos Estados individuais são diferentes mas precisamos de um “sistema realista e flexível.”
Para David Cameron, os países ricos devem ajudar os mais pobres para travar as alterações climáticas. E para fazer isso os líderes mundiais terão de fechar acordos juridicamente vinculativos nas conversações em Paris.
O Primeiro-Ministro indiano Narendra Modi em uma declaração de abertura reiterou a necessidade de os países ricos assumirem maior responsabilidade para combater as alterações climáticas e que as nações mais pobres, como a sua, devem ser autorizadas a crescerem.
O presidente dos EUA, Barack Obama, confirmou a sua intenção de colaborar: “Nós somos a primeira geração a sentir o impacto das alterações climáticas e a última geração que pode fazer algo sobre isso. Nós podemos mudar o futuro agora. Eu vim aqui pessoalmente como líder da maior economia do mundo e o segundo maior emissor de gases de efeito estufa para dizer que os Estados Unidos não só reconhece o seu papel na criação deste problema, mas assume a responsabilidade de fazer algo”.
foto: twitter
Para Vladimir Putin a tecnologia ajudará a reduzir as emissões e em Paris, deverá ser assinado um acordo juridicamente vinculativo. De acordo com Putin, em 2030 a Rússia deverá reduzir suas emissões em 70% em comparação a 1990, graças ao progresso tecnológico, e o seu país está pronto para compartilhar tecnologias.
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Para a chanceler alemã Angela Merkel é a primeira vez que temos a oportunidade de alcançar o objetivo de um acordo. Pela primeira vez, mais de 170 países apresentaram suas INDCs, seus compromissos nacionais que representam 95% das emissões globais. A má notícia é que hoje nós ainda não somos capazes de atingir a meta dos dois graus, por isso precisamos descobrir como fazê-lo nos próximos dez anos para a descarbonização da economia.
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Para o líder chinês Xi Jinping os países desenvolvidos devem fazer mais, por isso a COP21 deve enfatizar resultados práticos, terá de respeitar as diferenças nas políticas internas, o reforço das capacidades e estruturas econômicas, não negando as demandas dos países em desenvolvimento.
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E o discurso da nossa Dilma Rousseff que mencionou o como sendo de responsabilidade de uma empresa, mas sem obviamente dar-se mea culpa, pois, além de o governo ter sido também omisso e negligente, como bem , faz parte da política desenvolvimentista de Dilma e seu partido, implementar o PAC em detrimento do meio ambiente, dos nossos recursos e dos nossos povos.
Seguindo a linha da sua política de desenvolvimento econômico em primeiro lugar, a presidente promete investir em energias renováveis mas o povo brasileiro não esqueceu o hit da estocagem do vento onde a presidente diz que a energia elétrica é a mais barata porque a água é grátis. A energia hidrelétrica, apesar de ser renovável, não é conveniente nos casos em que construir uma hidrelétrica leve o desastre em vez do desenvolvimento, como no . No mais, é mesmo em combustíveis fosseis com a nossa querida, mas talvez falida, Petrobras.
Desmatamento. Capítulo à parte é o desmatamento no Brasil que chega a ser ridículo a presidente falar em luta contra o desmatamento quando sua Ministra do Meio Ambiente acaba de admitir que houve no ano passado um aumento de 16% de quilômetros quadrados de floresta derrubada na Amazônia Legal. O desmatamento deve ser combatido agora e não em até 2030, além disso a presidente fala em desmatamento ilegal zero (se é ilegal cadê o governo para combatê-lo já?). Veja outros pontos mencionados pela presidente, reduzir emissões, recuperar áreas de pastagens e reflorestamento, na íntegra do discurso abaixo.
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Categorias: Ambiente, Informar-se
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