40% da água potável do Brasil é desperdiçada: são 7,8 mil piscinas olímpicas por dia


A culpa não é tua! Mas do poder público! É um crime contra a nação!

Nesta Semana da Água, celebramos a importância desse recurso vital para a vida na Terra. No entanto, a realidade brasileira é marcada por um paradoxo: enquanto milhões de pessoas ainda não têm acesso à água potável, um volume significativo é desperdiçado diariamente.

Desperdício inaceitável:

Um estudo recente do Instituto Trata Brasil revela que 40,1% da água tratada no Brasil é desperdiçada nos sistemas de distribuição. Isso significa que, diariamente, 7,8 mil piscinas olímpicas de água potável são jogadas fora, o equivalente a mais de sete vezes o volume do Sistema Cantareira.

Consequências do desperdício

Esse cenário alarmante tem graves consequências:

  • Esgotamento dos recursos hídricos: O desperdício contribui para a escassez de água, um problema cada vez mais frequente em diversas regiões do país.
  • Prejuízos financeiros: O tratamento e a distribuição de água são processos dispendiosos. O desperdício representa um enorme prejuízo para as companhias de saneamento e para o país como um todo.
  • Impactos na saúde pública: A falta de água potável está diretamente relacionada à proliferação de doenças e à diminuição da qualidade de vida da população.

A responsabilidade do poder público

Enquanto se fala sobre “fechar a torneira para escovar os dentes”, colocando a culpa sempre no cidadão, é fundamental que o poder público assuma a responsabilidade pela preservação da água e combata o desperdício. A água é desperdiçada no caminho que faz da estação de tratamento até as casas, por falta de manutenção dos sistemas de transporte (encanamento, etc).

As causas do maior desperdício potável de água são:

  • Vazamentos nas tubulações: A principal causa do desperdício é a falta de investimento em infraestrutura. Tubulações antigas e precárias vazam água potável que poderia ser utilizada para consumo humano.
  • Falta de fiscalização: As empresas, ou serviços públicos. não são devidamente fiscalizados e muitas vezes não investem na modernização de seus sistemas.

Algumas medidas urgentes que podem ser tomadas

  • Investimentos em infraestrutura: Modernização dos sistemas de distribuição de água para reduzir vazamentos e perdas.
  • Fiscalização rigorosa: Cobrança das empresas de saneamento para que invistam na melhoria da infraestrutura e na redução do desperdício.
  • Implementação de políticas públicas eficazes: Criação de mecanismos que incentivem o uso racional da água e punam o desperdício.
  • Campanhas de conscientização: Educar a população sobre a importância do uso racional da água.

Ações individuais também são importantes

Embora a responsabilidade maior seja do poder público, cada cidadão pode fazer a sua parte para reduzir o desperdício de água:

  • Fechar a torneira enquanto escova os dentes ou lava a louça.
  • Tomar banhos mais curtos.
  • Consertar vazamentos em casa.
  • Reutilizar a água da chuva para regar plantas ou lavar o carro.
  • Optar por eletrodomésticos e torneiras com baixo consumo de água.

Conclusão

A preservação da água é um compromisso de todos. Através da cobrança por políticas públicas eficazes e da adoção de práticas conscientes, podemos garantir a segurança hídrica para as presentes e futuras gerações.

Juntos, podemos fazer a diferença!

Fonte: Instituto Trata Brasil: https://www.tratabrasil.org.br/

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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