Índice
A MetSul Meteorologia emitiu um alerta preocupante sobre uma onda de calor excepcional que atingirá grande parte do Brasil nos próximos dias. As temperaturas previstas para esta semana e a próxima superarão em muito as médias históricas de temperatura máxima em cinco regiões do país, com o potencial de quebra de recordes, tanto para setembro quanto recordes absolutos.
Uma massa de ar extremamente quente se estenderá pelo Brasil nos próximos dias, agravando o calor que já se faz presente no Centro-Oeste e Sudeste do país. Esse evento não é incomum nessas regiões durante setembro, mas a intensidade esperada é preocupante, exigindo atenção das autoridades.
Vários estados enfrentarão temperaturas extremamente altas, atingindo ou superando os 40°C. Entre os estados mais afetados estão Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Rondônia, Amazonas, Pará, Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão.
O Mato Grosso e o Mato Grosso do Sul podem ser os mais atingidos, com temperaturas superando os 40°C na maioria das cidades, podendo chegar a impressionantes 43°C a 45°C na região do Pantanal e arredores. Essa região estará no centro da cúpula de calor que se formará entre o Paraguai e os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Outras áreas, como o Norte, Goiás, Sudeste do Brasil e alguns estados do Nordeste, incluindo o Oeste da Bahia, Maranhão e Piauí, também enfrentarão temperaturas próximas ou acima de 40°C. No Rio de Janeiro, algumas áreas do estado podem superar os 40°C no próximo fim de semana, e em Minas Gerais, o Triângulo Mineiro e o Noroeste do estado serão as áreas mais afetadas pelo calor extremo.
O pico da intensidade do calor está previsto para ocorrer entre o final desta semana e o início da próxima. As projeções meteorológicas indicam que a temperatura em altitudes de 1.500 metros pode atingir cerca de 30°C no Centro-Oeste do Brasil, um indicativo de uma massa de ar extremamente quente, semelhante à que atingiu o Sudoeste dos Estados Unidos em julho deste ano.
A quebra de recordes históricos de temperatura é uma possibilidade real, uma vez que a maior temperatura registrada oficialmente no Brasil foi de 44,8°C em Nova Maringá, Mato Grosso, em novembro de 2020, superando o recorde anterior de Bom Jesus, Piauí, de 44,7°C, estabelecido em 2005. Registros mensais e até recordes absolutos podem ser quebrados durante essa onda de calor extrema.
São Paulo também está em risco de registrar temperaturas recordes, com máximas chegando a 40°C em várias ocasiões. A cidade de São Paulo, por exemplo, pode bater recordes históricos de temperatura, não apenas para setembro, mas também recordes absolutos de toda a série histórica.
A onda de calor se deve a uma cúpula de calor, uma área de alta pressão atmosférica que retém o ar quente próximo ao solo, causando o aquecimento da coluna de ar. Essa cúpula de calor estará concentrada entre o Paraguai e os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, criando um padrão climático que resulta em temperaturas extremas.
As mudanças climáticas têm aumentado a frequência e a intensidade das ondas de calor em todo o mundo, e esse evento no Brasil é um exemplo preocupante desse fenômeno. É importante ressaltar que o calor extremo representa um sério risco para a saúde e a vida das pessoas, especialmente para idosos e doentes.
A falta de estatísticas sobre mortalidade relacionada ao calor no Brasil torna esse problema ainda mais desafiador de ser enfrentado, já que o calor é um causador “silencioso” de mortes. Estudos mostram que o calor extremo é mais mortal do que muitos outros desastres naturais, como furacões e tornados, matando mais que o dobro de pessoas por ano.
Nesse contexto, é crucial que as autoridades estejam preparadas para enfrentar os desafios associados a essa onda de calor excepcional e adotem medidas para proteger a população vulnerável. Além disso, a mitigação e adaptação às mudanças climáticas são essenciais para reduzir os impactos na vida humana e garantir um futuro mais seguro diante das crescentes temperaturas extremas.
Mariana Pallotta, especialista do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), explica as causas, os riscos e como prevenir problemas de saúde que podem ser ocasionados pelo calor intenso.
Diante dessa previsão, fica o alerta para intensificar a hidratação, alimentar-se adequadamente e buscar o máximo de refrescamento possível. Além disso, é crucial ter cuidados redobrados com animais de estimação, crianças e idosos.
Fontes:
Veja nos conteúdos abaixo informações sobre altas temperaturas:
Chuvas e calor trazem animais peçonhentos. Veja como evitar
Temperaturas recordes nos próximos 5 anos: As previsões meteorológicas são assustadoras
Categorias: Ambiente
ASSINE NOSSA NEWSLETTER