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Para que o povo continue comendo carne, mas sem provocar aquecimento global, estão inventando de tudo: carne sintética, banheiro para vaca… e agora, “a boa da vez” são máscaras que reduzem a emissão de gás metano causada pela respiração do gado.
Socorro!
Desenvolvidas pela empresa britânica ZELP (Zero Emission Livestock Project), as máscaras faciais captam o gás emitido pelo gado e o libera no ar como CO2 e vapor d’água.
A empresa diz que o dispositivo se encaixa confortavelmente ao redor da cabeça da vaca, não causando alteração na alimentação, ruminação ou na interação dentro do rebanho.
Como se sabe, a agricultura é a maior fonte de metano emitida por atividade humana. Em busca de uma solução que fosse “boa” para o animais, mas sobretudo para os consumidores ávidos por carne, eis a invenção para reduzir o metano sem ter que eliminar a indústria pecuária da economia.
O dispositivo que mais parece com um cabresto é uma máscara colocada “confortavelmente” no animal para fazer com que, à medida que o gado expire, o metano viaje através de um catalisador onde é oxidado para depois ser liberado no ar feito CO2 e vapor d’água.
“A tecnologia – explicam os desenvolvedores – rastreia a redução de metano e dados importantes para os agricultores, como bem-estar animal, eficiência e métricas de fertilidade”.
O dispositivo seria capaz de reduzir as emissões de metano em cerca de 60%.
O metano é um gás de efeito estufa, que causa aquecimento global, e um dos mais poderosos poluentes da atmosfera.
A solução das máscara para a vaca é tão pioneira que foi uma das quatro vencedoras do prêmio “Terra Carta Design Lab” concedido esta semana por um painel de especialistas, incluindo o ex-designer da Apple, Jony Ive, e o príncipe Charles.
Animais ruminantes têm em seus sistemas digestivos, em especial na porção denominada rúmen, diversas bactérias que digerem as fibras vegetais e produzem metano (metanógenos).
O gás é liberado continuamente pelos ruminantes por meio da respiração, arrotos e flatulências dos animais. Mas, como explica a empresa, cerca de 95% do metano é expelido pela boca e narinas do gado, por meio das exalações e arrotos. Ao contrário da crença comum, apenas uma pequena porcentagem de metano é produzida no intestino e depois expelida.
Portanto, são os gases estomacais, e não os intestinais, que causam maiores emissões, por isso, a ideia da máscara.
Estima-se que cada vaca, ruminando e arrotando, produza cerca de 500 litros de metano por dia.
Não seria um problema se não fosse a desequilibrada quantidade de ruminantes emitindo gases, tudo pela produção de carne.
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Categorias: Agricultura
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