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O semiárido brasileiro, localizado no nordeste do país, já abrigou plantio de culturas como milho e aipim. Porém, com o passar dos anos, as culturas agrícolas deram espaço à imensas áreas de pasto para a criação de gado.
Essa mudança provocou o uso intensivo do solo na região, com seu esgotamento e um início de desertificação, em cerca de 13% das terras do semiárido brasileiro.
Mas esse quadro está mudando com iniciativas de criação de agroflorestas nestas regiões.
O sistema agroflorestal utiliza recursos de flora da região da caatinga para permitir que o tratamento de podas facilite o processo de adubação do solo e permita que outros tipos de árvores e plantas tenham condições de nascer nos locais.
Inclusive com esse renascimento, espécies animais como abelhas e outros polinizadores, já se fazem presentes, aumentando a vegetação na região.
Esse processo não emprega agrotóxicos nem produtos industrializados, usando a própria natureza como um elemento de sustento da agroflorestal.
A necessidade de irrigação é suprida pelo próprio orvalho noturno, que acaba contribuindo para substituir a chuva, tão escassa nessas áreas.
As agroflorestas ampliam a absorção de CO2 e ajudam a proteger o semiárido dos efeitos das mudanças climáticas, por ser um bioma muito afetado, tradicionalmente.
A restauração do solo é fundamental para evitar um desastre ainda maior e também por ser um caminho de geração de renda aos agricultores da região.
Veja mais no vídeo da BBC Brasil:
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Categorias: Agricultura
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