Alimentos no mundo ficam mais caros por causa da crise dos fertilizantes 


Fertilizantes são a base da nutrição das plantas para a produção agrícola mundial. Os alimentos necessitam ser fertilizados, nutridos, para terem o suprimento suficiente que viabilize o seu crescimento e, após o período específico, uma colheita adequada e segura.

Fertilizantes (também chamados de adubos), sintéticos ou orgânicos, são substâncias nutrientes aplicadas na lavoura para alimentar e promover o crescimento das plantas. São indispensáveis na agricultura, principalmente na de grande escala, para garantir ou melhorar a produção. Orgânicos, inclusive, precisam de nutrientes adicionais, como o esterco e fertilizantes sintéticos à base de nitrogênio, para terem sucesso na plantação.

Mas esse item fundamental na agricultura está em falta, e isso encarece o alimento que precisa chegar à mesa, podendo contribuir ainda mais para o aumento da fome no mundo.

As causas para a crise dos fertilizantes

A crise energética causou forte impacto na produção de fertilizantes sintéticos, por redução da oferta de gás natural e carvão, dado que são produzidos graças à essas fontes de energia. Por outro lado, ocorreu redução de exportações de fertilizantes por parte da China, que vem priorizando seu consumo interno.

Os principais produtos impactados

A crise de entrega de fertilizantes impacta em todas as produções agrícolas, como na produção de milho, trigo, arroz e café.

Esse é um processo em escala global, atingindo todos os produtores do planeta, com consequente aumento de custos de produção e de preços de comercialização dos produtos agrícolas.

Como informa o UOL, nos EUA, os preços do milho subiram mais que o dobro. Na Tailândia, os produtores têm pressionado o governo desse país a intervir no mercado.

Os maiores impactos no Brasil

A produção de café tem impacto importante no Brasil e em outros países latino–americanos.

No Brasil, aproximadamente 30% dos produtores de café não têm recebido fertilizantes já encomendados, gerando grande impacto inclusive nas safras dos próximos dois anos, pelo menos.

Sem os nutrientes que os fertilizantes fornecem, a produção de alimentos está muito comprometida e deverá ficar cada vez mais onerosa, com preços cada vez mais altos para o consumidor final.

Nada pior neste momento em que os preços globais dos alimentos já subiram mais de 30% somente no último ano, tendo os maiores aumentos da década. As causas do aumento são o aquecimento global e os eventos climáticos extremos causados pela crise climática, que vêm destruindo safras, além do impacto da pandemia na produção.

A crise é enorme se se calcular que cerca de um décimo da população mundial já não tem o que comer. O número de pessoas que passaram fome cresceu cerca de 161 milhões no ano passado para 811 milhões.

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Redação greenMe

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