Produção de arroz também influencia no aquecimento global: vivendo e aprendendo


A maioria das pessoas já sabe sobre os impactos negativos da pecuária para o meio ambiente. Cientistas da ONU acabam de publicar um documento defendendo uma mudança de dieta global a fim de reverter a crise climática.

A recomendação é que a humanidade caminhe cada vez mais para uma dieta vegetal, reduzindo a demanda por carne e derivados de leite e, consequentemente, desestimulando sua produção.

No entanto, um item frequente no cardápio vegano passa despercebido muitas vezes: o arroz. Junto com a carne, o cereal responde por cerca de 50% das emissões de gases do efeito estufa na atmosfera.

O gado produz metano (CH4) em seu aparelho digestivo e o libera em grandes quantidades na atmosfera, por meio de arroto e flatulência. Mas as plantações de arroz também contribuem para a crise climática, uma vez que nos países asiáticos, principais produtores mundiais, o cultivo é feito por meio de técnicas de inundação. As áreas encharcadas criam o ambiente ideal para a reprodução de bactérias que produzem e liberam metano na atmosfera.

Porém, além da produção do metano na atmosfera, a carne e os laticínios têm impacto negativo sobre o meio ambiente porque a pecuária desmata áreas verdes para abrir lugar às pastagens

Como alerta um vídeo produzido pela BBC, a luta contra o aquecimento global tende a fracassar se os esforços se concentrarem nos carros, fábricas e usinas de energia, responsáveis por liberação de dióxido de carbono (CO2), que têm um potencial de aquecimento global 20 vezes menor do que o metano.

Os países asiáticos são responsáveis por 90% da produção de arroz no mundo, que tende a aumentar, segundo projeções da FAO, acompanhando a tendência de crescimento da população.

A recomendação dos cientistas da ONU é que as pessoas comam menos carnes e laticínios e mais legumes, leguminosas, verduras e grãos – com exceção do trigo e do arroz.

A verdade é que nós domesticamos também as plantas, preferindo aquelas de cultivo mais fáceis, enquanto a biodiversidade é enorme. É preciso variar mais.

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Gisele Maia

Jornalista e mestre em Ciência da Religião. Tem 18 anos de experiência em produção de conteúdo multimídia. Coordenou diversos projetos de Educação, Meio Ambiente e Divulgação Científica.


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