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O plantio, em todo o planeta, de sementes geneticamente modificadas teve um crescimento, só em 2013, da ordem de 3%, obtendo um recorde de 175,2 milhões de hectares de área plantada – conforme dados do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações de Agrobiotecnologia – ISAAA. Isso quer dizer que o crescimento, desde seu lançamento em 1994 – com um tomate, plantado na Califórnia, EUA –, foi multiplicado por cem.
Atualmente, há alimentos transgênicos, sobretudo, em 27 nações – com grande predominância dos EUA, Brasil, Argentina e Canadá, que, juntos, detêm 83% das áreas plantadas com sementes geneticamente modificadas de soja – com 79% – de algodão – 70% – e de milho – 32%.
Como já sabemos, as nossas carnes – sejam brancas ou vermelhas – e até mesmo a alimentação de veganos e vegetarianos, podem conter OGM – organismos geneticamente modificados.
Estudos científicos e a indústria do transgênico
Alguns estudos apontam conclusões a respeito do grau de toxicidade de alimentos que são plantados, tendo em vista tal tecnologia, mas não houve pressão ou força suficiente para eliminar a utilização dessas sementes – que, como observamos, vem crescendo.
Na área rural do país, há uma perigosa mistura entre transgenia e agrotóxicos, cuja demanda cresceu também, recentemente – cabe lembrar que, o país é líder mundial em comercialização de agrotóxicos.
A própria FAO, organismo da ONU para a Alimentação e Agricultura, apontou 198 incidentes, considerados como de “baixo nível” para a utilização de OGM na agricultura, entre os binômio de 2010 a 2012.
Entretanto, isso não afeta uma indústria tão poderosa, que é reconhecida por movimentar muitos bilhões de dólares.
Alguns países começam a resistir e criar barreiras para o avanço dos OGM, como determinadas nações da União Europeia e da própria China.
No Brasil, também surgem algumas iniciativas nesse sentido, como a deliberação do CONSEA – Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – que encaminhou um documento à presidente Dilma, de modo a restringir o acesso a esse tipo de semente, por acreditarem envolver riscos à produção e à saúde e que só deveriam ser liberadas, mediante regulação específica, no que se refere à biossegurança. Palavras belas, mas que não devem provocar grande impacto.
A grande mudança virá quando os agricultores começarem a sentir no bolso, o que a natureza já acusa: alterar geneticamente sementes, animais e outras formas de vida não é exatamente um bom negócio. A longo prazo é seguramente um péssimo negócio. Mas enquanto isso, as OGM continuam dando MUITO lucro.
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Fonte foto: freeimages.com
Categorias: Agricultura, Informar-se
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