De volta ao passado: Carrefour promete substituir o plástico por papel


Quem tem uma certa idade vai se lembrar que nos supermercados e mercearias reinavam os sacos de papel e as embalagens de papelão. Nada, ou quase nada de plástico!

Pois é tempo de voltarmos ao passado. Estamos comendo e bebendo plástico. Todo mundo sabe disso, mas ninguém, ou quase ninguém, faz algo pra mudar.

A boa da vez é o Carrefour, a rede internacional de supermercados está emprenhada em levar adiante o seu “desafio plástico zero”.

Trata-se, como diz a própria empresa, de um empreendimento multifacetado e de longo prazo.

“Demos uma olhada na eliminação gradual de embalagens de produtos não alimentícios com centenas de materiais escolares, brinquedos e lâmpadas”

O Carrefour se comprometeu a reduzir significativamente a quantidade de embalagens plásticas, e está substituindo o plástico por papelão 100% reciclável.

O novo veneno

De material revolucionário, o plástico virou um veneno. Ele está por todo lugar, tanto que fica difícil imaginar uma vida sem ele.

Algumas empresas estão remodelando suas embalagens para reduzir o uso plástico. Até porque, se antes vivíamos sem ele, podemos, e devemos, seguir avante sem esse material super poluente.

Isso porque, como sabemos, o plástico é um material que demora muito a se decompor (séculos!) e muitas vezes ele vem utilizado apenas uma vez (os terríveis descartáveis).

Some isso ao fato de que menos de 10% de todo o plástico é reciclável.

É portanto um envenenamento contínuo e muito prejudicial, que precisa ser bloqueado urgentemente, antes que seja tarde demais (se já não o é).

Segundo o Carrefour, a empresa em sua meta já conseguiu eliminar o equivalente a 1100 toneladas de plástico em mais de 400 produtos. Mas o objetivo é em até 2025 evitar o uso de 10.000 toneladas de plástico.

Faça sua parte

E você consumidor, o que fazer enquanto o Carrefour, e outros supermercados da tua cidade, continuarem usando e abusando do plástico?

Sempre que puder, escolha por produtos embalados em papel, papelão, vidro ou alumínio. O consumidor vai ditando as regras do mercado sim. É uma luta lenta mas poderosa, principalmente se, concomitantemente a isso, exigirmos do poder público a proibição do plástico, muitas vezes inútil.

Outra forma de acelerar esse processo é votando em políticos que colocam a pauta ambiental na mesa. E estes são poucos. Faça escolhas conscientes!

Menos plastico é mais!

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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