Bolsonaro assinou nesta quarta-feira (5) o projeto de lei que abre as portas para a mineração, produção de petróleo e gás e construção de hidrelétricas em terras indígenas. Para que entre em vigor, precisará da aprovação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
A decisão do presidente chega em plena emergência climática, contrariando o que dizem os recentes relatórios da ONU e pesquisas científicas, que apontam as terras indígenas como redutos onde a destruição da natureza é mais lenta em relação a todo o resto do planeta.
Ao comentar a respeito das pressões que os parlamentares sofrerão dos grupos ligados à defesa do meio ambiente, Bolsonaro disse que, se puder, um dia irá confinar ambientalistas na Amazônia, para que deixem de “atrapalhar os amazônidas aqui de dentro das áreas urbanas”.
Em nota, a ONG Observatório do Clima já se manifestou em relação ao tema, com um apelo aos presidentes da Câmara e do Senado para que vetem a proposta, argumentando que a aprovação do projeto de lei “levará ao aumento do desmatamento, das invasões de terras indígenas e da violência contra esses povos”.
“O Observatório do Clima espera dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, que honrem a própria palavra e não pautem esse projeto genocida. Ambos haviam se comprometido a não colocar em votação proposições que ameaçassem a floresta e as populações tradicionais. É hora de testar essa determinação”, diz o texto.
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Categorias: Informar-se, Povos da Floresta
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