Mais 57 agrotóxicos receberam carta branca do Ministério da Agricultura na última quinta-feira (3). Assim, 2019 mantêm-se como o ano em que mais se liberou defensivos agrícolas desde o início da série histórica, em 2005.
O governo atribui a maior velocidade na liberação de agrotóxicos às medidas de desburocratização dos registros, adotadas desde 2015. De acordo com informações publicadas no G1, o Ministério afirma que se trata de aprovar novas moléculas, menos tóxicas e mais favoráveis para o meio ambiente, considerando que, segundo as regras vigentes, novos registros somente são permitidos quando se referem a itens de risco menor ou equivalente à saúde.
Na lista das novas liberações, constam 10 biológicos, para uso na agricultura orgânica, 6 novos e 41 genéricos. O objetivo da liberação destes últimos, ainda segundo o governo, é aumentar a concorrência no mercado, o que resultaria em uma redução dos custos de produção.
Essa festa de liberação de agrotóxicos tem provocado reações entre cientistas e órgãos ligados à saúde e ao meio ambiente, considerando os diversos males para a saúde relacionados à ingestão de agrotóxicos, havendo a suspeita de que sejam a causa por trás de casos de câncer e malformação no Mato Grosso.
Ao que parece, nessa contabilidade, em meios aos cálculos de redução de custos de produção e aumento dos lucros, o valor da vida parece ter um peso bem menor.
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Categorias: Agricultura, Informar-se
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