A Roscosmos, agência espacial russa, lançou um alerta na semana passada e colou na pauta novamente um assunto que preocupa os cientistas há cerca de 50 anos: o acúmulo de lixo tecnológico no espaço.
Na década de 1970, Donald J. Kessler, um consultor da Nasa, a agência espacial americana, formulou a teoria de que o acúmulo de detritos na órbita baixa da Terra um dia chegaria a ser tão alto a ponto de provocarem inevitáveis colisões entre esses resíduos e os satélites ativados, o que causaria um efeito dominó: mais satélites destruídos significam mais lixo e, por conseguinte, mais riscos de colisão. Essa teoria foi batizada de síndrome de Kessler.
O assunto vira e mexe vem à baila, inclusive aqui no GreenMe:
Entre as consequências dessa reação em cadeia constam a impossibilidade de voos espaciais, a interrupção das comunicações globais e até mesmo o enfraquecimento da inteligência militar. A preocupação se intensifica na esteira do desenvolvimento de armas e tecnologias militares colocadas em órbita, a exemplo dos testes de armas antissatélite, voltadas para fins militares e estratégicos.
“Se as coisas continuarem nesse ritmo, todos começarão a disparar e destruir seus satélites, e logo esses fragmentos poderão destruir a Estação Espacial Internacional. Dessa maneira, as coisas não podem continuar”, disse o diretor da Roscosmos, Dmitri Rogozin, à agência de notícias Tass.
A busca por um lugar no espaço é alvo de disputa entre as potências militares e tecnológicas do mundo e não há de ser por acaso que as preocupações da agência russa com o lixo voltem a ocupar o noticiário internacional. No dia 22 de julho a Índia lançou seu primeiro satélite ao polo sul da Lua, passando a compor o seleto grupo de nações a embarcar nessa missão, até então composto pelos Estados Unidos, pela Rússia e pela China.
Meses antes, em março, uma tentativa fracassada dos indianos provocou a destruição de um satélite a 300 quilômetros da Terra, o que foi alvo de críticas não só dos russos, mas também dos americanos da Nasa. Segundo declarou Rogozin na ocasião, a missão Shakti, como foi batizada a empreitada indiana, aumentou em 5% a probabilidade de choque espacial contra a Estação Espacial Internacional (ISS).
A capacidade destrutiva humana nunca deve ser menosprezada. Vai muito além Terra.
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