Os protestos do Greenpeace contra o uso de plástico por multinacionais continuam. Depois de interromper a Assembléia Geral anual da Nestlé nos últimos dias, mostrando aos gerentes os resíduos plásticos descartáveis atribuíveis à empresa suíça, os quais foram encontrados nos mares ao redor do mundo, e exibindo banners com as palavras “Nestlé, stop single use”, agora foi a vez da fábrica de engarrafamento em Ruspino, na província de Bérgamo, na Itália.
Na manhã do último dia 16, alguns ativistas se acorrentaram na entrada da fábrica da Nestlé San Pellegrino.
Enquanto um grupo foi até a entrada da empresa com caixas etiquetadas com a famosa marca de água engarrafada, um outro, pendurado em dois silos de fábrica, abriu duas faixas grandes: uma com Nestlé, chega de Plástico Descartável e a outra dizendo Monstro de Plástico: o monstro simbólico dos danos inestimáveis que a produção indiscriminada de plástico produz no Planeta.
Essa é uma iniciativa que faz parte do dia global de ações conduzidas pelo Greenpeace, e por outras organizações da coalizão Break Free From Plastic, na sede multinacional em Vevey, na Suíça, nos escritórios e locais de produção da Nestlé em Eslovênia, Quênia, Alemanha e Filipinas.
“À medida que os mares sufocam, a Nestlé continua a obter lucros enormes inundando o mercado global com enormes quantidades de plástico descartável. No ano passado, a empresa multinacional sustentava de levar a sério esse problema e, em vez disso, produziu 1,7 milhão de toneladas de plástico, 13% a mais do que em 2017. Diante desses dados, não podemos confiar nas promessas da Nestlé, como irresponsável, produz cada vez mais embalagens plásticas usadas por alguns segundos todos os anos, mas que poluem o planeta por séculos”, disse Giuseppe Ungherese, gerente da Campanha de Poluição do Greenpeace Itália.
No ano passado, a limpeza e a catalogação de resíduos ao longo das costas, realizadas em 42 países de 6 continentes, identificaram a Nestlé como uma das três marcas mais poluentes devido às suas embalagens plásticas. Resultados semelhantes vieram do Greenpeace Itália com a Plastic Radar, que coletou os relatórios fotográficos dos cidadãos sobre a presença de resíduos nas praias da península. Também neste caso a Nestlé esteve entre as empresas mais relatadas com as marcas Acqua Vera, Levissima, Motta e San Pellegrino.
Nos últimos meses, o Greenpeace lançou uma petição pedindo que grandes marcas como a Nestlé publiquem dados claros sobre a quantidade de plástico que colocam no mercado a cada ano e proponha planos de ação concretos para reduzir a produção de plástico e investir em sistemas alternativos de entrega.
Você também pode assinar AQUI a petição do Greenpeace para pedir às empresas que reduzam a produção de plástico descartável, invistindo em sistemas alternativos de embalagem.
Chega de embalagens plásticas!
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