O plástico é um causador dos principais problemas ambientais contemporâneos, além de provocar males, ainda poucos conhecidos, para a saúde humana. Sabe-se que o microplástico está no ar que respiramos, no sal de cozinha que comemos, pois foi encontrado até em nossas fezes. O mal que ele possa nos causar ainda é desconhecido, mas dá pra imaginar o tamanho do estrago. Para a vida como um todo, essa praga é uma ameaça, pois , contamina nossas vidas!
Para enfrentar esse problema, diariamente ficamos sabendo de tentativas inovadoras para solucionar o fim do uso do plástico. Mas também é preciso que os governos proíbam a produção, a comercialização e uso desse material, porque o plástico que já existe no mundo é mais do que suficiente para as gerações futuras.
Estima-se que apenas que 9% do plástico no mundo é reciclado e esse material demora séculos para se decompor.
O filme PVC, por exemplo, é um tipo de plástico muito difícil de ser reciclado. Na casa de todo mundo se esconde em uma gaveta um rolo dele. Nos supermercados, eles revestem frutas e legumes para “conservá-las”.
O problema desse mau hábito está no fato de que existem poucos postos de reciclagem para esse tipo de plástico muito flexível, mas que igualmente causa os danos que qualquer outro tipo de plástico causa. O destino do papel filme (filme PVC) acaba sendo os aterros sanitários, onde demoram anos para se decompor, ou os oceanos, causando a morte de várias espécies marinhas.
Ainda bem que há muita gente preocupada em desenvolver estratégias para eliminar o plástico do planeta. Uma delas vem de Portugal, onde um grupo de pesquisadores desenvolveu um spray revolucionário.
O spray protetor natural nasceu após anos de pesquisa de cientistas portugueses do Centro de Pesquisa de Montanha do Instituto Politécnico de Bragança sobre o extrato de uma planta e um polímero de algas usados na criação do produto, que serve para manter alimentos sólidos por mais tempo.
A coordenadora da pesquisa, Isabel Ferreira, explica que:
“Por enquanto, não podemos revelar a fórmula alcançada e nem a planta da qual obtivemos o extrato”, pois o processo para o registro da patente ainda não foi finalizado.
O produto inovador, batizado de “Spraysafe”, foi obtido a partir de um tipo de tecnologia que realiza uma série de experimentos com extratos de plantas antioxidantes, conservantes e antimicrobianas. Os componentes são todos de base natural, por isso, sustentável.
A ação oxidante das plantas faz com que o spray, ao ser borrifado nos alimentos, reduza a oxidação neles. Outra função do produto é a impermeabilização, que faz com que os alimentos se mantenham hidratados por mais tempo.
Por melhorar a conservação dos alimentos, as embalagens plásticas perdem a sua funcionalidade. Entretanto, o “Spraysafe” tem uma limitação: só pode ser usado em alimentos sólidos. A coordenadora da pesquisa ressalta que:
“Neste momento, é aplicado principalmente em alimentos sólidos, tais como frutas cortadas e cogumelos, entre outros”, mas ela acredita a tecnologia pode ser adaptada para outros tipos de alimentos.
De qualquer maneira, mesmo com essa limitação, o “Spraysafe” seria uma ajuda a mais para reduzir a quantidade de plástico no planeta. Mas o produto ainda não está à venda e ainda deve passar por processos de aprovações seja nos órgãos oficiais de Portugal como nos da União Europeia, antes de poder ser comercializado.
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