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Em setembro de 2018, o projeto The Ocean Cleanup colocou em prática a invenção do jovem holandês Boyan Slat que, aos 19 anos, teve a ideia de criar um coletor gigante que seria capaz de reduzir pela metade a quantidade de lixo que chega aos oceanos.
Em 2016, o dispositivo foi declarado oficialmente o primeiro sistema de limpeza dos oceanos. Formado por uma plataforma na qual são ligados dois longos braços de um tubo em forma de “U”, medindo aproximadamente 600m de comprimento e 3m de profundidade, esse dispositivo é capaz de capturar resíduos flutuantes de diversas dimensões.
O Ocean Cleanup Array, como é chamado, circula pelas águas somente com a força dos ventos e das marés capturando a sujeira dos oceanos de forma agrupada, a qual é recolhida periodicamente por um navio para ser retirada do oceano e encaminhada para separação e possível reciclagem.
O projeto foi implantado inicialmente em Tsushima, entre o Japão e a Coréia do Sul, pelo fato do mar daquela região ser o mais poluído e pelos governos locais estarem em busca de alternativas inovadoras para resolver este problema. A ideia é de, nos próximos cinco anos, espalhar essa alternativa para limpar pelo menos a metade do Oceano Pacífico.
Desde 2013, quando foi criado, o projeto passou por vários testes e melhorias. O dispositivo que lembra um “pac-man” gigante, teve mudanças no formato e foi equipado com energia solar, sistemas anti-colisão, sensores, câmeras e antenas de satélite para mostrar sua posição.
O System 001, como também é chamado, foi lançado no Oceano Pacífico em setembro de 2018, mas após alguns meses de operação, o jovem Boyan Slat (agora com 24 anos), identificou que o dispositivo estava tomando uma forma diferente da que é necessária para a captação do lixo no oceano.
A situação se agravou com o rompimento de uma das pontas do “U”, o que fez com que parte do lixo acumulado escoasse novamente. Apesar do problema, Boyan acredita que duas toneladas de plástico serão retiradas do oceano quando o System 001 retornar para a terra.
Os materiais recolhidos por ele serão encaminhados para centros de tratamento e reciclagem, onde são analisados, separados e transformados em objetos reciclados. Além disso, esses materiais também servirão de dados para a implantação de mais melhorias no coletor.
Quando o problema for corrigido, a expectativa de Boyan e da Ocean Cleanup é a de que uma tonelada de lixo seja retirada do oceano por semana. A previsão é de que o System 001 volte ao mar ainda em 2019.
Não podemos deixar que projetos como esse percam a credibilidade se alguma coisa der errado, precisar de reparo ou melhorias. Nossa parte é buscar alternativas para deixarmos de produzir tanto lixo e, diante de notícias como essa, cabe a nós avaliar e pensar em alternativas iguais à do jovem Boyan.
Assim como fez o brasileiro Diego Saldanha que ganhou o Prêmio Lixo Zero por ter retirado 2 toneladas de lixo do rio Atuba.
Diferente de Boyan, Diego não tinha muitos recursos para criar sua ecobarreira, mas a semelhança entre os dois é a vontade de querer salvar o meio ambiente limpando a sujeira deixada por quem não está nem aí com isso.
A inspiração de Diego veio de um projeto de Porto Alegre, o qual também era caro (cerca de R$ 250 mil), mas que não chegava aos pés do Ocean Cleanup que custou aproximadamente US$ 24 milhões. O valor de R$ 250 mil também era inviável para Diego, mesmo assim ele não desistiu.
Conseguiu economizar R$ 1 mil e começou seu próprio projeto utilizando inicialmente galões de 20 litros, os quais foram substituídos pelos atuais.
A ecobarreira de Diego Saldanha inspirou outras cidades que já estão aderindo ao projeto. Inclusive ele mesmo faz a limpeza em outros rios, além do Atuba. Que tal conhecer mais e se inspirar também?
É bem provável que no seu caminho, seja para o trabalho, escola, ou qualquer lugar que você vá, exista algum rio ou área qualquer área que precisa de uma boa limpeza.
Não fique esperando a iniciativa da prefeitura ou de quem quer que seja. Podemos repensar a necessidade de utilizarmos e descartarmos tanto lixo no planeta. Já não há mais espaço para o lixo na terra, que dirá nos oceanos, onde nunca foi o lugar deles?!
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Categorias: Informar-se, Lixo
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