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Seremos capazes de superar o paradoxo absurdo de nossa era? É possível acabar com a fome no mundo? A resposta é sim! #FomeZero em 2030!
Podemos fazer a nossa parte para alcançar tal objetivo, escolhendo um estilo de vida mais justo e sustentável, olhando para o nosso modelo de produção de alimentos, combatendo o desperdício.
A solução para chegar ao objetivo #FomeZero é hoje em dia já bem conhecida, mas infelizmente ainda estamos aqui para falar sobre isso, porque muito pouco vem sendo feito para alcançá-lo.
Por esta razão, a data de hoje, Dia Mundial da Alimentação – estabelecido pela FAO no aniversário de sua fundação (16 de outubro de 1945), objetiva acabar com a fome no mundo em até 2030.
Vale ressaltar que o nível global de produção de alimentos é responsável por um quinto das emissões de gases de efeito estufa, enquanto a produção de ração animal responde por 40% da produção agrícola mundial. Em suma, em outras palavras, alimentamos mais os animais que usamos para o consumo de carne e produtos lácteos, do que pessoas que sofrem de fome.
E essas pessoas, infelizmente, ainda são tantas. Mesmo que a fome e a desnutrição tenha se reduzido nos últimos anos, ainda existem 51 países no mundo onde a situação resta “grave e preocupante”.
O Global Hunger Index (GHI) 2018 mostra que os níveis mundiais de fome e desnutrição são muito preocupantes em 51 países ao redor do mundo. Dos 79 países com um nível de fome moderado, severo, alarmante e extremamente alarmante, apenas 29 alcançarão o Objetivo Fome Zero estabelecido pelas Nações Unidas em até 2030.
Globalmente, cerca de 124 milhões de pessoas sofrem de fome aguda, enquanto 151 milhões de crianças são afetadas por desnutrição e déficit de crescimento e 51 milhões por fraqueza.
Em contraste, 1,9 bilhão de pessoas, mais de um quarto da população mundial, está acima do peso. Os obesos são 672 milhões e 3,4 milhões de pessoas morrem a cada ano por problemas relacionados à obesidade.
Um paradoxo de nossa sociedade moderna a ser erradicado, ao que se acrescenta outro fato absurdo: no mundo, um terço da comida produzida é desperdiçada (jogada no lixo), até mesmo antes de ser comercializada.
As regiões do mundo mais afetadas são o sul da Ásia e a África ao sul do Saara. Nestas duas regiões, há as maiores taxas de desnutrição na população, nanismo, decadência e mortalidade infantil. Na África, ao sul do Saara, há uma taxa de desnutrição de 22%, que afeta condições climáticas adversas, instabilidade política e conflitos prolongados. Entre os países onde a desnutrição está mais presente estão o Zimbábue (46,6%) e a Somália (50,6%). Na África subsaariana estão os países com a maior taxa de mortalidade infantil abaixo de 5 anos começando com a Somália (13,3%), Chade (12,7%) e República Centro-Africana (12,4%), único país com nível de fome extremamente alarmante.
“O mundo tem feito progressos substanciais no combate à fome, mas a uma velocidade não rápida o suficiente para atingir o objetivo Fome Zero em 2030. O Índice Global da Fome contém uma mensagem clara – diz Daniela Bernacchi, CEO e Diretora Geral da Cesvi, uma ONG italiana para a cooperação e o desenvolvimento – requer esforços combinados de vários atores, incluindo a comunidade internacional, os governos nacionais e a sociedade civil, para abordar a crise alimentar no mundo onde a situação ainda é alarmante. Mas responder à emergência não é suficiente: é preciso aumentar os investimentos e promover programas de desenvolvimento a longo prazo nas regiões mais críticas. A fome é um perigo persistente que ameaça a vida de milhões de pessoas, muitas das quais vivem o drama do deslocamento forçado”.
Os números sobre o desperdício de comida são absurdos. 30% de toda a comida produzida no mundo vai parar no lixo. “O desperdício responde por 46% da quantidade de comida que vai parar no lixo. Já as perdas — que ocorrem sobretudo nas fases de produção, armazenamento e transporte — correspondem a 54% do total”.
A própria FAO dá as dicas para conseguirmos alcançar o objetivo #FomeZero
E Um Feliz Mundial da Alimentação para todos. #FomeZero em até 2030
Categorias: Agricultura, Informar-se
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