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A expressão tudo está interligado cabe muito bem na relação que os astros têm em nossas Vidas. Para entender como os movimentos dos astros e nossas ações se afetam, de forma recíproca, é conveniente esclarecer alguns pontos que serão elucidados a seguir:
Astrologia, em antigas civilizações como a egípcia, era considerada uma ciência utilizada e estudada em conjunto com a Astronomia.
As primeiras cartas astrológicas e astronômicas egípcias datam de cerca de 4.200 a.C.
A astrologia também era utilizada na Antiga Suméria, isso por volta do IV milênio a.C.
Na civilização do Vale do Indo se originou o conceito de zodíaco. As previsões astrológicas, nas civilizações antigas, eram um guia da influência dos astros para:
No Tibete, desde a antiguidade, a astrologia é usada em diagnósticos médicos, entre outras utilidades.
Os maias tinham observatórios astronômicos, extremamente precisos, para a aplicação de investigações astrológicas.
Na Acádia (2 870 a.C.), no reinado de Sargão I, as previsões eram feitas com base no movimento do Sol e da Lua, dos planetas, de cometas, meteoros e outros fenômenos cosmológicos.
Na Assíria, no reinado de Assurbanípal, por volta do século VII a.C., tiveram origem as mais antigas efemérides (tabelas astronômica) escritas em tábuas, utilizadas para estudos astrológicos.
Na Babilônia, os astrólogos se dedicavam a prever eventos que influenciavam o rei, que personificava o bem-estar do coletivo, enfim, do reino.
Na Tábua de Esmeralda, obra contendo os ensinamentos de Hermes Trismegisto, que viveu no Antigo Egito, é expressa a relação astrológica com a natureza, a existência humana e de outros seres vivos.
Na Grécia, por volta de 640 a.C., foi criada uma escola de astrologia.
Vários sábios da Grécia Antiga deixaram contribuições sobre o conhecimento da Astrologia, alguns deles foram:
Na Antiga Roma a astrologia era muito influente na vida das pessoas, alguns exemplos disso são:
Com a decadência do Império Romano e a expansão do catolicismo, a astrologia passou a ser vista como uma superstição, fato que levou a Igreja Católica a condená-la, ignorando as referências astrológicas no Evangelho de Lucas sobre os reis magos, que eram astrólogos.
Na Idade Média, a filosofia e a cultura clássica sobreviveram nesse período, graças aos árabes e ao Califado de Bagdá.
Bagdá, capital do estudo astronômico, no século X, foi sede astrologia empírica, prática e de previsão.
Isidoro de Sevilha, por volta de 636, foi um dos primeiros a estudar e a aplicar astrologia, de forma separada e distinta da astronomia.
No século XVI, Copérnico criou um sistema voltado ao conhecimento astronômico, que reforçou essa ideia de separação.
O maior astrólogo árabe foi Albumazer, que escreveu o livro Introductorium in astronomiuum, um dos primeiros a ser traduzido, no início da Idade Média, na Espanha.
Tomás de Aquino ( 1225-1274) via os ensinamentos da astrologia como complementares à visão cristã. Na Universidade de Bolonha, a cátedra de astrologia foi instalada como disciplina de estudo, em 1125.
Na Idade Média os astrólogos eram chamados de mathematici, pois a astrologia, era uma aplicação importante da matemática.
O período do Renascimento Cultural contribuiu para a difusão da astrologia.
Estudiosos e cientistas que estudaram e usaram a Astrologia:
Para compreender melhor a relação planetária na vivência e comportamento de cada indivíduo, tem-se como ferramenta o mapa astral.
O mapa astral é a configuração astrológica do céu no momento do nascimento do indivíduo. As informações do mapa astral têm como base o local, data e hora do nascimento do indivíduo.
À partir desses dados é possível investigar e registrar as posições das casas astrológicas, dos signos e planetas e saber qual é o signo ascendente, para poder realizar a interpretação que envolve características personalizadas do indivíduo.
É importante ressaltar que todas as influências e tendências astrológicas são afetadas pela ação da consciência e livre arbítrio do indivíduo, provocando uma dinâmica de movimento e transformação, seja para pior ou melhor.
A astrologia se baseia no movimento dos astros e nos serve como um instrumento de apoio e reflexão, para lidarmos, de forma mais consciente e holística com as circunstâncias da Vida.
Os fatores que envolvem o mapa astral são muitos, como por exemplo
Em um único conteúdo não é possível explicá-los, pois ficaria muito extenso e viraria um tratado sobre o assunto.
Dessa forma, serão explicados aspectos sucintos e básicos, para se ter uma base fundamental do que é o mapa astral.
Para isso, serão explicados a relação de cada astro com aspectos, que formam e fazem parte do indivíduo.
A posição do Sol no nosso mapa astral sinaliza quem somos, nossa essência básica e revela os seguintes aspectos:
O ascendente é a primeira impressão que passamos para os demais, nossa imagem, enfim, nossa personalidade.
A posição do ascendente, no mapa astral, se situa na cúspide (início), na primeira Casa Astrológica.
Representa a primeira impressão que passamos para os outros, a persona, ou seja nossa personalidade e como nos projetamos no coletivo.
Essa personalidade é formada a partir de nossa relação com os outros e o meio, no qual vivemos e se trata da forma em como nos comportamos diante dos demais e como interagimos socialmente.
A posição da Lua, no mapa astral, demonstra as nossas características mais íntimas, tais como:
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Mercúrio representa nossa forma de nos comunicarmos, de raciocinar, nossos pensamentos e intelecto.
Revela nossa mente e nossos padrões mentais e intelectuais, adquiridos através dos resultados de nossas experiências.
Como expressamos nossa afetividade e nossa sensualidade:
Vênus simboliza a forma como amamos e expressamos o amor.
Revela o que nos atrai, nossos gostos e nossa forma de se relacionar com os outros e com o meio.
Marte, em nosso mapa astral, expressa como agimos e projetamos nossa vontade, para conquistar o que queremos, superarmos os obstáculos, ultrapassar desafios e a nossa forma individual de agir.
É o nossa capacidade de realização e nosso impulso sexual e energético.
Nosso potencial de expansão, sorte e oportunidades de sucesso. Júpiter, em nosso mapa astral, revela nosso potencial de crescimento e expansão. Este planete tem relação com nossa força, consciência e mente superior.
A força jupiteriana envolve o estado de gratidão e o sentido da vida que impulsiona cada indivíduo.
Júpiter, no mapa astral, sinaliza nossa capacidade de ser feliz e ter alegria.
A posição de Júpiter, no mapa astral, indicará os aspectos favoráveis ao nosso progresso e expansão.
Desafios, limitações, dificuldades e disciplina. Saturno representa o Senhor do Tempo e nosso Mestre Interno.
Esse planeta no mapa astral revela o nível de disciplina, responsabilidade e capacidade do indivíduo de enfrentar e lidar com desafios e limitações. Saturno aponta para nossas fragilidades internas, faltas e carências.
Este planeta no mapa astral sinaliza o percurso que precisaremos percorrer e a ação do tempo, em nossa existência, como possibilidades de adquirirmos consciência, maturidade, experiência, disciplina interna e sabedoria.
Impulso e anseio de liberdade e independência. Urano é o planeta que representa vanguarda, mudança, rebeldia, revolução e o novo. Esse planeta está associado à libertação de velhos padrões, condicionamentos e a expansão da Consciência.
Onde estiver no mapa astral irá gerar mudanças radiciais, com o surgimento do novo, provocados pelo impulso de liberdade e renovação.
Nossa imaginação, inspiração e criatividade. Este planeta se relaciona com inspiração, senso artístico, misticismo, receptividade e percepção.
A influência de Netuno no mapa astral revela o grau de imaginação, criatividade e espiritualidade do indivíduo.
Netuno representa também os sonhos e ideais de uma geração, à qual passamos a fazer parte, a partir de nosso nascimento.
A influência netuniana caracteriza a sociedade e a cultura das gerações que nasceram nos anos em que ele era o regente planetário.
Desconstrução,Transformação e Regeneração. Este planeta representa nossa receptividade espiritual, a elevação da consciência acima da materialidade e existência mundana.
No mapa astral, este planeta irá decifrar as crises, conflitos, bloqueios internos e situações que podem desencadear transformações profundas e momentos de superação, na Jornada do indivíduo.
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Os astros sempre instigaram a curiosidade e despertaram a inquietude do ser humano. Ao olhar para o céu, se apresenta um grande mistério, que nos desperta várias indagações.
Tantos longínquos planetas e um Universo imenso que nossa imaginação busca alcançar! Dessa inquietude nasceu a observação dos astros e, consequentemente, a Astrologia e, através de seu estudo, a descoberta que somos influenciados pela vibrações planetárias.
Hoje em dia, com a Internet, está mais acessível fazer um mapa astral. Existem vários sites especializados nesse serviço, para aqueles que querem conhecer seus aspectos astrológicos.
É importante reforçar e deixar claro que o mapa astral, não tem a função de determinar o futuro, mas sim revelar tendências, que ao serem reconhecidas por nós, poderão nos ajudar a lidarmos melhor conosco mesmos, promovendo as mudanças necessárias para o nosso desenvolvimento e aperfeiçoamento pessoal.
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