Todo o mal que o milho transgênico pode fazer à nossa saúde


Primeiro a Monsanto negou que o milho transgênico, semente produzida por eles para o mundo todo, fizesse algum mal à saúde de quem o consome. Negou, negou mas, as evidências foram incontornáveis e, claro, durante o processo a verdade veio à tona. Sim, o milho transgênico faz um mal danado à saúde de quem o consome.

Que milho nós comemos?

No Brasil, e no mundo, grande parte de todo o milho cultivado em monocultura é transgênica e direcionada ao consumo animal – produzimos milho, transgênico para alimentar gado diverso. Ou seja, os efeitos dessa transgenia vão para a carne que comemos, é de se supor.

O milho é um dos alimentos mais antigos da história da humanidade e tem uma importância imensa na alimentação dos povos latino-americanos, sua região de origem mas, se o milho transgênico faz mal para a saúde, então vamos comer o quê? E como suprir todos os benefícios que o milho nos dá? Vitaminas A e B, proteínas e minerais (ferro, fósforo, potássio e cálcio) se junto com eles engolimos também o Bacillus thuringiensis e outros componentes alheios à nossa alimentação e interesse?

GMO Séralini – um corajoso cientista

Um artigo do biólogo molecular Gilles-Eric Séralini publicado no International Journal of Biological Sciences confirma que ocorrem os efeitos negativos sobre o nosso fígado e rins, pela sobrecarga de toxinas que os grãos transgênicos nos aportam. Durante o processo contra a Monsanto, os pesquisadores publicaram e divulgaram os estudos comparativos que fizeram entre os efeitos das sementes transgênicas de milho MON 863, NK 603 e MON 810 sobre a saúde de mamíferos (as duas últimas são permitidas no Brasil).

O mau efeito do consumo de milho transgênico

O consumo do milho NK 603, permitido no Brasil, resulta em perda da função renal e alterações importantes nos níveis de creatinina tanto no sangue quanto na urina – segundo os pesquisadores, estes dados podem ter a ver com a geração de problemas cardíacos pois indicam afetação significativa dos músculos.

Já o milho MON 810 resulta em aumento dos processos imuno-inflamatórios generalizados e hiperplasia branda dos rins nas fêmeas. Ou seja, segundo esse estudo francês, conclui-se que existem evidências claras de que essas três variedades de milho modificado, as mais abundantes nos monocultivos by Monsanto, contribuem bastante para o aumento dos processos inflamatórios, que já se sabe serem precursores de outras doenças, dentre elas, do câncer.

Bom, e não devemos esquecer que a monocultura transgênica, seja ela de milho, soja, ou do que for, vem carregada da toxicidade dos pesticidas mais perniciosos (glifosato e Bt) que já se conhecem, não? Induzem a um estado de toxicidade, que pode resultar da exposição a pesticidas (glifosato e Bt – Bacillus thuringiensis).

Mentira ou avaliação obtusa da CTNBio?

Resulta desta avaliação de que é mentirosa ou, no mínimo, obtusa, as conclusões da Comissão Técnica de Biossegurança, a CTNBio, quando informa que “o milho NK603 é tão seguro quanto às versões convencionais“, que a modificação genética “não modificou a composição nem o valor nutricional do milho”, que “há evidências científicas sólidas de que o milho NK 603 não apresenta efeitos adversos à saúde humana e animal” e que “o valor nutricional do grão derivado do OGM referido tem potencial de ser, na realidade, superior ao do grão tradicional”. A CTNBio também avalia que no caso do MON 810 “os efeitos intencionais da modificação não comprometem sua segurança nem resultaram em efeitos não-pretendidos” e que a “proteína é tóxica somente para lagartas” (Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA).

Para ajudar nessa discussão, proponho que você leia atentamente a entrevista com Antônio Inácio Andrioli que explicita os riscos reais que sofremos ao continuarmos permitindo que alimentos transgênicos componham nossa indústria alimentar, seja ela como ração animal ou não. Os danos ambientais afetam tanto a humanos quanto à toda a vida.

Lutar é preciso

É preciso ter atitude e participar na Campanha “Por um Brasil livre da transgenia”.

Milhos crioulos

A melhor possibilidade que temos para sair deste atoleiro de doença e transgenia é recorrer às sementes crioulas que, em cada região, são adequadas às condições ambientais e resistentes aos bichinhos mais prejudiciais. Claro, o milho vai ter que deixar de ser aquele amarelinho, todo de grãos idênticos, com espigas todas cheias e perfeitas. Aliás, é essa perfeição, tão ao gosto do mercado de capitais e lucros, que vem estragando a saúde de todos nós.

BRASIL É REFERÊNCIA EM SEMENTES CRIOULAS PARA AMÉRICA LATINA

E, claro, para que isto seja possível de se realizar, teremos de privilegiar a produção agroecológica dos pequenos produtores rurais. Esta é a revolução necessária para que a saúde humana seja preservada. Nem mas, nem meio mas…

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Redação greenMe

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