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Plastic Guanabara: moradores mostram um mar de lixo no cartão postal do país

Publicado por Daia Florios em 14/12/2016

As Olimpíadas passaram e as promessas ficaram para trás, entre elas, a da despoluição da Baía de Guanabara, um dos cartões postais mais importantes do país e que deu o nome à cidade Maravilhosa, o Rio de Janeiro. Quem melhor do que os moradores locais para relatarem o descaso que se vê daquelas partes?

Em um post no Facebook de Wladimir Duarte, produtor cultural e morador da região, um “mar, de plástico a rato morto, passando por camisinha….” é o triste cenário de 3º mundo que se via ontem, 13, na praia de Boa Viagem, Niterói.

Com fotos e um mini vídeo de pequenas e desconsoladas ondas sobre o mar de sujeira, o post pergunta às autoridades: “O que vcs pretendem fazer em 2017 para que eu e nem nenhum morador do entorno da Baía veja uma cena tão triste como essa?”

“O que podemos fazer para contribuir? É meu interesse não ver mais isso e nem ficar catando lixo, por uma hora e que não fez nem cosquinha na “cagada” que estava o mar”, continua o post.

Nominando políticos, órgãos do governo, autoridades e ONGs, tais quais: Eduardo Paes, Rodrigo Neves, Axel Grael, Greenpeace Brasil, Ministério do Meio Ambiente, Governo do Estado do Rio de Janeiro (Falido), Instituto Baía de Guanabara, Comitê de Bacia da Baia de Guanabara, Luiz Fernando Pezão, Prefeitura de Niterói e INEA – Superintendência Regional da Baía de Guanabara, o post termina repetindo a pergunta: “O que vcs pretendem fazer em 2017 para que eu e nem nenhum morador do entorno da Baia veja uma cena tão triste como essa?”

É o povo dando voz aos seus problemas, aproveitando o lado bom das redes sociais para denunciar o que lhe incomoda.

É claro que o estado do Rio de Janeiro, e o Brasil, tem tantos problemas que parece mesmo impossível começar a limpeza dentro do mar de lixo: da corrupção ao passando pela violência, pela falta de emprego e de perspectiva. Mas é preciso denunciar, se informar, estar consciente na hora de votar e exigir ação. A esperança não pode morrer, afinal, somos ou não somos um povo guerreiro?