Kiara Nirghin, 16 anos, cria solução para a seca na África do Sul


A jovem Kiara Nighin, de 16 anos, da África do Sul, ganhou o Prêmio Google Science Fair com seu projeto, inovador, que permite ajudar o solo a reter mais água, em áreas secas ou de poucas chuvas. Kiara concorreu com 16 outros estudantes finalistas globais.

Quando estamos em crise temos duas opções: levantar e lutar, criar solução para a crise, ou sucumbir. O bom disso é que as mentes criativas vão à luta e descobrem coisas muito interessantes.

Kiara é de Johanesbugo, na África do Sul, região que vem enfrentando a pior seca em mais de duas décadas. Natural, então, que a jovem tivesse esse problema bem presente – não conhecia, ainda, outra situação de vida que não fosse a de que a água some, desaparece, do solo da sua terra.

A boa criação é que ela descobriu um jeito, bom, barato e sustentável, de ajudar o solo a reter água – criando um “absorvedor de água” á base de cascas de laranja e de abacate. O composto que daí resultou tem a capacidade de reter, no solo, centenas de vezes o seu peso em água. É um polímero super-absorvente que, ao ser misturado com o solo, atua como reservatório natural de água pois a incorpora às suas moléculas.

O impacto positivo desta solução criativa, nos solos africanos e não só, será de maior valor pois seu uso permitirá também melhorar a condição de cultivo dos solos de regiões desérticas ou onde a frequencia de chuvas vem declinando assustadoramente. Este é um dos efeitos das mudanças climáticas, já sabemos: tem lugar que não chovia e agora a chuva arrasa e em outros, bem, não há mais chuvas.

A pergunta chave de Kiara, para o projeto apresentado no Ciência Google Fair foi: como combater a seca com um polímero biodegradável, super absorvente e de baixo custo?

Os conhecimentos de química da jovem a ajudaram a encontrar a forma de preparar o polímero de casca de laranja e abacate, que não necessita de altas temperaturas para ser feito e que usa, basicamente, resíduos hoje desaproveitados das frutas consumidas pela população. Então, esta é uma solução que se pode preparar em casa, no fogão, seguindo uma receita simples a um preço que varia entre os 30 e os 60 dólares a tonelada métrica do polímero.

Parabéns, Kiara, é assim, com criatividade corajosa e muito estudo que a gente vai vencendo os problemas que temos pela frente. Que a humanidade se espelhe nessa vitória!

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Fonte e foto: googlesciencefair.com




Redação greenMe

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