Foi aprovada ontem a Lei nº 13.301/2016 que permite a pulverização de agrotóxicos nos céus citadinos brasileiros. Fique atento, assine a petição, se mobilize contra ou, dentro em pouco, respiraremos e beberemos piretroides e organofosforados.
A Lei nº 13.301/2016, que dispõe sobre medidas de controle do Aedes aegypti, indica que sejam pulverizadas as zonas urbanas. Dentre as medidas constantes da lei em questão está a “permissão da incorporação de mecanismos de controle vetorial por meio de dispersão por aeronaves mediante aprovação das autoridades sanitárias e da comprovação científica da eficácia da medida”.
“O agrotóxico será pulverizado diretamente sobre regiões habitadas, atingindo residências, escolas, creches, hospitais, clubes de esporte, feiras, comércio de rua e ambientes naturais, meios aquáticos como lagos e lagoas, além de centrais de fornecimento de água para consumo humano”.
Contra este procedimento, bastante perigoso e ineficaz, se manifestaram contra órgãos como a Abrasco, Consea, Consems, Conass, Fiocruz, o próprio Ministério da Saúde e tantas outras instituições.
Mas, os maiores interessados em que esta lei entre em ação é a bancada ruralista que, através do Sindicato de Aviação Agrícola (Sindag), propôs a emenda ora aprovada. Justo em um ano em que as vendas de agrotóxicos no Brasil recuaram em 20%. Ou seja, eles estão perdendo dinheiro e agora vão recuperar seus lucros à custa da saúde da população.
“A pulverização aérea para controle de vetores, além de perigosa é ineficaz. Anos e anos de aplicação de fumacê serviram apenas para selecionar os mosquitos mais fortes, forçando o aumento nas doses de veneno e a utilização de novos agrotóxicos. Os efeitos na saúde da população exposta à pulverização aérea nas lavouras estão extremamente bem relatados no Dossiê Abrasco“.
“A pulverização aérea é perigosa porque atinge muitos outros alvos além do mosquito. E justo por isso, é também ineficaz. O agrotóxico será pulverizado diretamente sobre regiões habitadas, atingindo residências, escolas, creches, hospitais, clubes de esporte, feiras, comércio de rua e ambientes naturais, meios aquáticos como lagos e lagoas, além de centrais de fornecimento de água para consumo humano. Atingirá ainda, indistintamente, pessoas em trânsito, incluindo aquelas mais vulneráveis como crianças de colo, gestantes, idosos, moradores de rua e imunossuprimidos”.
O risco é absurdamente grande. Manifeste-se, mobilize-se, assine a petição abaixo, discuta o assunto, fale com seus deputados, se organize para bloquear esse “assalto aéreo” à nossa saúde.
Saiba mais:
1) da Abrasco condenando a pulverização em cidades
2) Nota do Ministério da Saúde alertando para os perigos da pulverização aérea nas cidades
E assista o filme Pontal do Buriti, que relata a intoxicação de crianças após serem atingidos por uma chuva de venenos, abaixo:
Veja, abaixo, os links onde você poderá ler as manifestações contra a pulverização aérea nas cidades:
Abrasco, Ministério da Saúde, Fiocruz, Conass e Conasems:
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Fonte: Contra os agrotóxicos
Categorias: Cidades, Informar-se
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