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No meio deste ano, o calor na Índia matou mais de 2.200 pessoas e até derreteu o asfalto das ruas de algumas regiões do país, que chegou a ter 50 graus centígrados na sombra. Um calor realmente insuportável. E faltando mais de dois meses para o início do verão brasileiro, os meteorologistas afirmam que este será o mais quente verão de todos os tempos, detalhe: o verão 2014/2015 já tinha sido o mais intenso da história. O exemplo da Índia, o último verão e as atuais estimativas foram suficientes para que a prefeitura do Rio de Janeiro, uma das cidades mais quentes do país, começasse a preparar um plano para lidar com a eventual onda de calor, o Programa Rio Resiliente.
Antes mesmo do verão chegar, o Rio já sofre na primavera. Na última sexta-feira, dia 16, a temperatura chegou aos 42,8 graus, o que mostra a decisão correta de se inspirar na Europa. O velho continente já está acostumado a invernos frios e verões intensos, prejudicando a saúde da população, principalmente entre crianças e idosos.
As previsões dos especialistas apontam que o verão carioca não sairá dos 40 graus, em média, todos os dias na Cidade Maravilhosa. Com tendência de aumento para os próximos anos, vide o aquecimento global. E o Programa Rio Resiliente deseja diminuir os efeitos das mudanças neste, e nos próximos anos esclarecendo e estimulando a hidratação, por meio da ingestão de líquidos, e preparando unidades de saúde.
“É basicamente uma questão de informar à população, atender os idosos, que geralmente moram sozinhos, e garantir que equipamentos públicos estejam preparados”, esclareceu o economista Sérgio Besserman, presidente do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos.
O Centro de Operações do projeto mapeou as regiões mais quentes e está voltado na criação de procedimentos caso as previsões de temperaturas muito elevados se confirmem.
“Embora não tenhamos qualquer informação sobre o fenômeno de ondas de calor por aqui, sabemos que será um verão sujeito ao imprevisível, como ocorreu no Hemisfério no Norte”, lembrou Besserman.
Sobre o aquecimento anormal, as mudanças climáticas, somadas ao El Niño mais forte dos últimos tempos são os principais atores deste cenário previsto pelos meteorologistas.
Com a preocupação sobre o calor e as mortes ocorridas na Índia, as pessoas começam a se perguntar, como e por que se morre de calor?
Segundo o professor Claudio Paiva, vice-diretor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, dependendo da temperatura e do tempo de exposição as altas temperaturas, o nosso organismo pode não resistir. Quando o corpo começa a perder líquido, ocorre a desidratação, a diminuição do volume. O coração precisa bater mais rápido, o rim pode parar de funcionar, causando insuficiência renal”.
A lesão dos tecidos, por causa dos raios solares cada vez mais intensos (use protetor solar), junto com respiração de ar excessivamente quente pode destruir o tecido pulmonar, impossibilitando a troca de oxigênio.
O médico finaliza dizendo que o corpo humano está preparado para funcionar normalmente em 30 e poucos graus. Cada grau acima de 38 graus, ele perde 10% de calor e os grandes riscos surgem quando a temperatura corporal atinge os 45 graus, portanto é fundamental ingerir líquido e evitar o sol forte durante este verão, no Rio de Janeiro e nas outras cidades do Brasil também.
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Fonte foto: fotospublicas.com
Categorias: Cidades, Informar-se
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