Não é novidade que nossos oceanos já possuem várias ilhas de material plástico flutuante. E muitos de nós até já lemos sobre a quantidade estimada de lixo plástico nos oceanos: 269 mil toneladas segundo estimativas científicas já consagradas.
Também se conhece bastante sobre o sofrimento dos animais marinhos que engolem sacolinhas plásticas, ou se prendem em redes de pesca, de fibras plásticas, ou engolem tampinhas, plásticas. Tudo plástico, tudo solto no mar, boiando, subindo e descendo, se integrando ao meio. 5 trilhões de pedaços de plástico flutuando nos oceanos.
Mas, será que nós, humanos, nos lembramos de que a cadeia alimentar de todos os seres vivos é assim como um circuito fechado? Se algo entra lá, no mar, um dia vai chegar a nós, em terra, nos nossos pratos.
“Mais de 75% da produção de peixe do mundo é destinada ao consumo humano. O resto é na sua maior parte processado para farinha e óleo de peixe” e ainda, que “17% da proteína animal que se consome no mundo, e de até 50% em alguns pequenos Estados insulares em desenvolvimento (PEID) e países asiáticos vem da pesca”, ou então que, “Os meios de subsistência de 12% da população mundial depende desse setor, o pesqueiro”. Estas e outras afirmações podem ser lidas em vários dos documentos da FAO disponíveis on-line.
Todos os níveis de animais marinhos estão contaminados com plásticos em alguma proporção – desde tartarugas e baleias, que engolem sacos plásticos confundindo-os com águas vivas e medusas, habituais na sua dieta, passando por peixes e aves marinhas, que pescam pequenos pedaços coloridos de material plástico, confundindo-os com outros animais até o próprio plâncton, que se confunde com os micropelets, partículas muito pequenas, que formam os plásticos e que sobram quando a sua degradação começa e que também estão na composição de cremes e esfoliantes, pastas de dentes e outros que usamos no nosso dia a dia.
O plástico não é digerido por nenhum ser vivo. É engolido e acaba por matar quem o engole, ou por sufocação, como as tartarugas, ou por paralisar a digestão dado o seu acúmulo no trato digestivo dos animais, como já foi detectado em aves e peixes encontrados mortos ou morrendo, pelas praias. E suas micropartículas se integram nas carnes dos peixes de maior porte, por efeito acumulativo que nós, humanos, usamos em nossa alimentação diária. Portanto, também no nosso organismo esse resíduo nocivo à saúde vai se acumulando.
Recomendo a você a leitura completa do material da FAO, sobre essa expedição científica que está avaliando a saúde dos oceanos. Trata-se de um navio norueguês onde estão 18 cientistas de várias nacionalidades, realizando pesquisas, soltando sondas em vários níveis de profundidade, compilando os dados mais variados para a determinação deste recurso natural, os oceanos terrestres.
Procure reduzir, ao máximo, as embalagens que você usa, as que compra. Separe seu lixo, junte tudo o que é plástico e o entregue a um serviço de reciclagem.
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Ajude a limpar a praia que você freqüenta – não custa levar uma sacola e, recolher o plástico que encontre durante a sua caminhada.
Prefira usar cremes que não tenham micropartículas plásticas em sua composição.
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Cobre dos dirigentes da sua cidade uma atuação mais direta para.
Com a ação de cada um, pouco a pouco, o mundo irá mudando pois é transformando a si mesmo que conseguiremos construir um mundo melhor!
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Fonte foto: freeimages.com
Categorias: Informar-se, Lixo
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