Mulheres trabalhadoras rurais, organizadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura – CONTAG, na luta pela construção de um Brasil soberano, sustentável, justo, democrático e igualitário, na cidade e no campo, marcham em direção a Brasília. Já estão a caminho, de todos os cantos do nosso Brasil e começam a se reunir dia 11 para a concentração e 5ª marcha, no dia 12/08/2015.
As margaridas saem dos campos, florestas e águas. São mulheres trabalhadoras rurais, que palmilham a terra, sentem seus cheiros e semeiam vida para colher amor em forma de produtos agrícolas. Marcham por uma terra mais livre, mais justa, onde o desenvolvimento sustentável seja uma realidade e a vida, por fim, respeitada.
Elas lutam pela defesa da vida, da terra, das águas. Lutam porque consideram terras e águas, ar e vida como bens comuns, responsabilidade de todos nós. E por isso marcham, valentes guerreiras, pelas estradas do nosso país. No dia 12 se manifestarão por todos nós, os que acreditamos que uma vida melhor, mais saudável, é possível e só depende das nossas decisões sobre o sistema que nos governa.
Marcham, as margaridas, para valorizar a realidade das mulheres trabalhadoras rurais, em defesa dos seus direitos só recentemente reconhecidos.
Denunciam o modelo do agronegócio, que domina o campo, como concentrador de renda, degradador ambiental e excludente socialmente. Denunciam a degradação e a contaminação dos bens naturais e os impactos da perda de biodiversidade e patrimônio genético, por conta da monocultura abusiva, do uso de transgênicos, do roubo de material genético cultural dos nossos ancestrais nativos.
Lutam pela preservação dos saberes nativos e de culturais tradicionais, que vivem em comunhão com a natureza e, por saberem como, protegem os bens naturais e o patrimônio genético de todos nós.
Também marcham, as margaridas, em repúdio à ofensiva das forças reacionárias, fundamentalistas que criam racismo, sexismo, preconceitos e ódios na sociedade brasileira.
Pela democracia, pela paz e pela nossa terra, se juntaram as seguintes organizações:
CONTAG – CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES RURAIS NA AGRICULTURA
AMB – ARTICULAÇÃO DE MULHERES BRASILEIRAS
CNS – CONSELHO NACIONAL DAS POPULAÇÕES EXTRATIVISTAS
CTB – CONFEDERAÇÃO DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS DO BRASIL
CUT – CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES
GT MULHERES DA ANA – ARTICULAÇÃO NACIONAL DE AGROECOLOGIA
MAMA – MOVIMENTO ARTICULADO DE MULHERES DA AMAZÔNIA
MIQCB – MOVIMENTO INTERESTADUAL DE MULHERES QUEBRADEIRAS DE COCO BABAÇU
MMM – MARCHA MUNDIAL DAS MULHERES
MMTR-NE – MOVIMENTO DE MULHERES TRABALHADORAS RURAIS DO NORDESTE
UBM – UNIÃO BRASILEIRA DE MULHERES
UNICAFES – UNIÃO NACIONAL DE COOPERATIVAS DE AGRICULTURA FAMILIAR E ECONOMIA SOLIDÁRIA
E gritam, bem alto:
“SEGUIREMOS EM MARCHA ATÉ QUE TODAS SEJAMOS LIVRES!”
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Fonte foto: fetraece.org.br
Categorias: Agricultura, Informar-se
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