O mundo em Marcha Contra a Monsanto


De Paris a Ouagadougou (Burkina Faso, África), milhares de pessoas foram às ruas no sábado, 23, protestar contra a gigante da biotecnologia a norte-americana Monsanto, seus pesticidas e suas culturas geneticamente modificadas.

Pessoas no mundo inteiro se reuniram (novamente) para expressar o desejo de não ter uma empresa como a Monsanto no controle de toda cadeia alimentar mundial. A famosa “Marcha Contra a Monsanto” tornou-se tão grande ao longo dos anos, com tantos países participantes, hoje em dia. Em São Paulo a Marcha aconteceu no Vão Livre do Masp, com uma aula sobre os malefícios dos alimentos transgênicos.

A Marcha chama a atenção para o que a mídia tradicional talvez não divulgue clara ou suficientemente, um fato que a ciência vem comprovando insistentemente: os OGM não são, de forma alguma, seguros para o consumo humano. A grande maioria das nações estão proibindo ou restringindo os produtos alimentares OGM, citando preocupações de saúde e ambientais. A Rússia é um grande exemplo recente, mas há várias outros exemplos.

É um momento bastante notável, porque milhões de pessoas ao redor do mundo estão começando a se preocupar com o que vem acontecendo no nosso planeta e, como resultado, estão se esforçando para mudar o rumo das coisas. E isso com relação a vários temas no mundo, como por exemplo contra a violência, contra o sigilo governamental, contra as guerras, a fluoretação da água, a vacinação, e vários outros assuntos “polêmicos” onde a informação continua a sair para o domínio público.

Também no Brasil, manifestações contra a violência no país, contra o governo, a favor da legalização da maconha e da demarcação de terras indígenas pelos índios, por exemplo, estão nas pautas nacionais.

Estes exemplos nos mostram a vontade e o poder do povo em se expressar e decidir pelo que acha ser melhor para o nosso planeta. E é crescente a resistência global contra as grandes corporações da biotecnologia, como a Monsanto, que fabrica alimentos geneticamente modificados (OGMs) e o agrotóxico mais amplamente utilizados no mundo (o RoundUp) – comumente pulverizado sobre a nossa comida.

Cada vez mais, são divulgados os diversos possíveis perigos associados a esses e a outros defensivos agrícolas e também cada vez mais se sabe que a acumulação destes, no corpo humano, pode ser drasticamente reduzido quando comemos orgânicos.

A resistência contra os transgênicos, e o pedido por rotulagem dos OGMs, bem como por transparência dos dados científicos, mostram que as pessoas estão se unindo para exigir mudanças, uma vez que se tornam conscientes do que consideram errado, e pedem por mudanças.

Um mundo melhor é possível!

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Fonte foto: economictimes.indiatimes.com




Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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