No último dia 22, houve uma ação no Rio Grande do Sul, onde manifestantes ocuparam uma fazenda e retiraram milho transgênico de uma área, plantando sementes orgânicas no lugar. Os manifestantes visam apresentar ao país a face mais obscura do mundo da indústria do agrotóxico e seus efeitos no Brasil. Com a perspectiva de uma empresária do agronegócio – envolvida com a indústria do agrotóxico – senadora Kátia Abreu, assumir o Ministério da Agricultura no segundo mandato de Dilma Rousseff, tais movimentos têm se unido para protestar.
Desde 2008, o país ocupa a pavorosa primeira posição entre os consumidores de agrotóxicos no planeta! Com isso, muitos impactos no terreno da saúde pública têm ocorrido – porque essas substâncias se espalham por áreas imensas – e envolvem muitas pessoas, desde as que manipulam diretamente a lavoura – como os trabalhadores rurais – até os moradores de locais vizinhos, ao consumidor final.
A Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida existe desde 2012 e congrega mais de 100 organizações nacionais, que lutam para que a população, de modo geral, se sensibilize cada vez mais sobre os riscos representados por agrotóxicos e que o agronegócio se esforce por buscar medidas para um novo modelo de produção, que alie produtividade à sustentabilidade.
As principais bandeiras desse movimento são:
* Extinção da pulverização aérea de agrotóxicos;
* Taxação de impostos para agrotóxicos – atualmente são isentos;
* Banimento de agrotóxicos que tenham sofrido proibição no exterior;
* Criação de zonas dedicadas inteiramente a produtos orgânicos – ou seja, sem aplicação de agrotóxicos e/ou sementes transgênicas.
Não há desculpas: agrotóxico não é desculpa para escassez de comida nem tampouco para solucionar a fome no mundo. É hora de seguirmos a tendência verde de ir em direção à agricultura sustentável. Muitos sinais nos levam à isso.
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Categorias: Agricultura, Informar-se
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