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A bacia hidrográfica do Rio Amazonas é a mais extensa rede hidrográfica do planeta. Além dos 63% em território nacional, ela também percorre países vizinhos em proporções de: 17% no Peru, 11 % na Bolívia, 5,8% na Colômbia, 2,2% no Equador 0,7% na Venezuela e 0,2% na Guiana.
Nela, correm 20% das águas doces superficiais do mundo. Logo, o Brasil é o país com maior fonte de água doce na . Então, a dúvida é: por que mesmo assim está correndo crise hídrica em determinadas áreas do país? Muitas são as respostas que levam à mesma questão: falta de vontade política junto com o desrespeito à natureza e seus recursos naturais. Digamos que pensar a longo prazo não seja mesmo uma característica humana, menos ainda, brasileira. A água então, até bem pouco tempo atrás, era tida como recurso infindável.
A solução para responder a esse problema tem sido pouca, mas os questionamentos e alternativas para amenizar a crise hídrica são muitos. A falta de recursos naturais, que parecia ser um perigo somente para as gerações futuras, chega para a atual geração como um desafio, com tantos setores ameaçando a escassez de água.
Em meio à turbulência, ideias para “tirar água da pedra”, como a do aparelho que recolhe água do ar, que rondam a crise hídrica em São Paulo e outros estados, não têm sido o bastante.
Pesquisadores e cientistas de institutos importantes, como a FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e o IAC – Instituto Agronômico, também têm pensado em formas para enfrentar a crise, inclusive na agricultura, como a IAC Imperador, um projeto desenvolvido para diminuir o uso de água no cultivo do feijão-carioca.
Segundo o IAC, entre 2013-2014, vários produtores de diferentes regiões do país começaram a cultivar uma variedade do feijoeiro Phaseolus vulgaris L., que possui maior resistência à diminuição da disponibilidade de água. Ela cresce? Sim e a raiz da planta bem mais rápido e robusta que as demais.
“A redução do ciclo de cultivo e a raiz mais robusta conferem à planta um sistema mais agressivo para a aquisição de água e a fazem mais tolerante a situações de estresse hídrico (…). A produtividade é menor do que a de uma planta que não sofreu estresse hídrico, mas mantém a qualidade do grão para ser comercializado pelo produtor”, disse Fernando Chiorato, pesquisador e diretor do Centro de Grãos e Fibras do IAC, à Agência Fapesp.
Estima-se que o ciclo de cultivo dessa variedade seja de 75 dias, mais rápida que um ciclo normal de 95 dias. A IAC Imperador vem à tona em um momento certo, se temos que enfrentar essa crise hídrica, que não nos falte, ao menos, os alimentos básicos. Quem diria que tão presto enfrentaríamos um problema do gênero?
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Fonte foto: freeimages.com
Categorias: Agricultura, Informar-se
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