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A crise da água em São Paulo chegou realmente em um nível absurdo. Mesmo com as ações relativas ao Ministério Público Federal e Estadual, as reservas do Sistema Cantareira estão cada vez mais baixas, e a falta d’água virou uma realidade concreta.
O que causa mais estranheza diante desse quadro, é que , mas mesmo assim está passando por isso.
Em primeiro lugar, podemos pensar no governo de Geraldo Alckmin, até mesmo pelo fato de o membro do PSDB já estar administrando a cidade por três vezes, desde 2001. Acaba se ser reeleito, para o quarto mandato – 2015 – 2018.
Essa responsabilidade pode ser presumida, pelas falhas no abastecimento ocasionadas pelos serviços da Sabesp – a companhia de águas local – que chega a apresentar perdas no volume de água na ordem de 38.8%, entre a estação de tratamento até chegar às casas dos cidadãos.
Evidentemente que isso ajuda a dar um panorama sobre a crise hídrica em São Paulo, mas outros fatores contribuem para a falta d’água que enfrentamos, inclusive tendo visto a secar.
Em um estudo chamado “O Futuro Climático da Amazônia”, a crise da água no Brasil fora sinalizada há 20 anos por especialistas da área ambiental e climática, como Antônio Donato Nobre.
Como nada, ou muito pouco, foi feito para mudar tal cenário, passou-se o tempo e hoje temos contato com uma situação gravíssima, que exige, na opinião de Nobre, uma verdadeira ação de guerra.
No estudo, foi feita uma grande revisão da literatura científica brasileira sobre o tema, passando à análises interpretativas. Primeiramente, estudou-se a questão da geologia na região amazônica e sua biodiversidade. Na sequência, passou-se a observar todas as potenciais capacidades da floresta, em seu estado virgem. Então, chegou-se ao grande sinalizador do que é a situação atual enfrentada, não só por São Paulo, mas por grande parte do país: um adensamento no desmatamento e o aumento na emissão de gases de efeito estufa, como consequência, geraram modelos climáticos que, desde a década de 1990 já apontavam para a situação verificada hoje.
Todos esses danos geram desequilíbrios relacionados ao binômio vegetação-clima, repercutindo nas estiagens cada vez mais agudas e prolongadas.
E como se não se bastasse, espera-se que em 2015, . A estimativa não é nova, é de 2011.
São Paulo é apenas a primeira vítima de políticas nacional e estaduais que colocam o ambiente em segundo, ou último?, plano. Ainda bem que São Paulo é além do mais, a vítima rica do Brasil. Quem sabe isso faça com que os governos comecem a se comprometerem realmente com o desmatamento zero e com políticas voltadas para defesa do meio ambiente. É vergonhosa a falta d’água no país com maior potencial hídrico do mundo.
Fonte foto: fotospublicas.com
Categorias: Cidades, Informar-se
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