Volumes recordes de chuva continuam causando alagamentos em Santa Catarina


Os dias de tensão com o tempo instável no Estado de Santa Catarina continuam preocupando a população da região. Um ciclone extratropical agitou o mar na madrugada desse domingo (29). O vento se intensificou, as rajadas na costa podem ultrapassar 100km/h. A recomendação é evitar a navegação.

A chuvarada da última semana no estado chamou a atenção até da Nasa. A Defesa Civil do Estado divulgou que, de acordo com a análise do satélite TRMM (Tropical Rainfall Measuring Mission), lançado em 1997 pela agência espacial norte-americana, o volume de chuvas registrado no estado foi o segundo maior do mundo na semana que passou. Este satélite é amparado por 7.482 estações meteorológicas em todos os continentes. O maior acúmulo registrado na semana foi em Scoresbysund, na Groenlândia, onde choveu 255 milímetros em 24 horas.

Em Santa Catarina, a chuva não deu trégua por 151 horas. A enxurrada destruiu plantações em Mondaí – a mais atingida, com 452 mm de água –, em Chapecó (421mm) e Joaçaba (345mm). Nos últimos oito meses, houve alagamentos em todas as regiões de Santa Catarina. Em Rio do Oeste, esta é a segunda enchente de junho.

Os maiores volumes de chuva no estado foram no extremo-oeste, numa região que não era atingida por grandes enchentes desde 1983. Ao total, 39 cidades catarinenses foram afetadasalgumas ainda estão submersas – mais de 41,7 mil pessoas não têm como voltar para casa.

Uma barragem particular em Ponte Serrada estourou em razão do excesso de chuva no oeste de Santa Catarina e pode inundar partes da cidade de Arvoredo. Cerca de 25 Bombeiros de Chapecó e Concórdia estão nas cidades para auxiliar na evacuação de cerca de 30 famílias de regiões próximas ao Rio Irani e ao Lajeado Leão. Também foi solicitado reforço de bombeiros de Lages.

De acordo com o subtenente do Corpo de Bombeiros de Chapecó, Nelci Dallagnol, a Barragem do Vaccaro – CGH (Central de Geração Hidroelétrica), estourou por volta das 14h30min, interrompendo o trânsito na BR-282, nesta última sexta-feira dia 27 de julho.

A barragem fica a aproximadamente 56 km de Arvoredo. O rompimento ocorreu em uma região isolada e a onda de cheia deve passar por quatro PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) antes de chegar no município. A onda de cheia já passou pela PCH Celulose Irani. A Defesa Civil Estadual está monitorando a sua passagem pelas outra três PCHs (Plano Alto, Alto Irani e PCH Arvoredo). De acordo com o Corpo de Bombeiros, a barragem é de pequeno porte, mas devido ao nível alto do rio, a evacuação será feita de forma preventiva.

Fonte foto: fotospublicas.com




Redação greenMe

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