Um novo método de produção de células solares, que foi desenvolvido por cientistas ingleses, poderá dispensar as substâncias tóxicas usadas na fabricação de painéis solares, utilizados para a conversão da luz solar em energia elétrica.
Até agora, 9 em cada 10 placas de geração de energia solar têm como base o silício – altamente poluente. Com os avanços da ciência, passou-se a utilizar células de telureto de cádmio, extremamente eficazes, do ponto de vista energético e capazes de transformar as placas em finos filmes, que podem ser aplicados em vidros e até mesmo em locais mais flexíveis, ganhando em versatilidade.
O problema era o seguinte: para funcionar à perfeição, o de telureto de cádmio precisa ser banhado em cloreto de cádmio – substância de alta toxicidade, tanto ao homem quanto ao ambiente. Tal procedimento seria necessário para ampliar a eficiência do dispositivo.
Com o estudo, os cientistas descobriram que o cloreto de magnésio – encontrado em abundância na água do mar, bem como utilizado para coagular o leite de soja em tofu – conseguiu cumprir o papel com igual eficiência e zero dano ambiental. E o custo desse composto é 1% do valor total do cloreto de cádmio.
A grande expectativa é que, com isso, em 10 anos o custo de fabricação dos painéis solares seja imensamente reduzido e, assim, fará com que mais pessoas possam adquiri-los e começar a produção da energia consumida na própria casa, ou empresa.
A pesquisa foi publicada na revista Nature e apresentado na conferência ESOF em Copenhague.
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