São Paulo aplicará multas para quem consumir muita água


O governo do estado de São Paulo fez o anúncio oficial, na última segunda-feira, dia 21 de abril de 2014, que irá tentar combater a grande crise de abastecimento de água na região metropolitana de São Paulo, por meio da utilização de um terceiro manancial que está próximo à área. Isso devido ao baixíssimo nível de água do sistema Cantareira. Além disso, mais despesas para o consumidor: haverá multas, que começarão a ser aplicadas já no mês de maio, para quem ampliar o consumo de água.

Essa “ajuda” será buscada no Sistema Rio Grande, responsável por recolher água de uma parte da represa Billings, na grande ABCD paulista. Atualmente, o abastecimento ainda é realizado pelos sistemas Guarapiranga e Alto Tietê – atingindo cerca de 1,6 milhão de domicílios.

Essa alternativa foi escolhida, por contar com cerca de 95% de sua capacidade, algo bem superior à da Cantareira, que está a menos de 12%, devido à estiagem verificada em 2014, um verdadeiro recorde negativo histórico.

Entretanto, nem só de medidas punitivas vive esse momento. O governador Geraldo Alckmin declarou ainda que além da multa aplicada aos moradores abastecidos pela Sabesp, haverá um desconto de 30% na conta de água, para quem conseguir economizar ao menos 1/5 da água consumida normalmente. Dessa forma, o cidadão penalizado seria o que consome mais.

Especialistas que trabalham no comitê anticrise, responsável por monitorar o Sistema Cantareira, solicitam que seja captada menos água pela Sabesp, para que não entre no volume morto – 400 bilhões de litros de água, abaixo do nível das comportas.

Caso o Cantareira se reduza a menos de 6% chegará o nível de reserva técnica, antes do volume morto, ou seja, não se pretende ainda utilizá-lo, até que se esgotem as possibilidades.

Mesmo assim, ainda há o risco de um racionamento geral de água, embora esteja sendo encarado como medida extrema.

Se no Brasil já colhemos os efeitos drásticos das mudanças climáticas – por um lado, seca no sudeste, por outro, cheia do Rio Madeira, isolando cidades inteiras – na Europa, muitos já entram na briga por estabelecer uma nova consciência a respeito do uso da água. A última a entrar para o time foi a grande estilista Vivienne Westwood, vegetariana, que fez uma instigante propaganda a respeito de como a indústria de carne consome água, se tornando uma verdadeira vilã no processo de uso consciente desse recurso natural.




Redação greenMe

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