Atualmente, a maioria das pessoas no Brasil encontra dificuldades para se desfazer dos resíduos, os quais acabam indo parar no lixo comum ou nas ruas, poluindo ainda mais o meio ambiente. Felizmente, existem os catadores autônomos de resíduos que passam pelas ruas com suas carroças recolhendo plástico, papelão e outros tipos de lixo que podem ser reciclados.
O grande problema, é que nem todas as pessoas se preocupam em separar esses resíduos e as que tem essa preocupação, muitas vezes não têm acesso a esses catadores. Graças à tecnologia e à ideia de pessoas preocupadas com essa questão, surgiu um aplicativo chamado Cataki, desenvolvido pela ONG Pimp My Carroça.
O Cataki é um aplicativo que faz a conexão entre os catadores autônomos de recicláveis às pessoas que precisam se desfazer desses resíduos. Pelo aplicativo, as pessoas conseguem localizar os catadores credenciados em sua região e fazem a negociação do valor diretamente com os catadores, para a retirada dos resíduos em suas casas.
Segundo notícia publicada no G1, o Cataki está participando de uma competição organizada pela plataforma Chivas Venture, uma iniciativa que une tecnologia e impacto social. O aplicativo já ganhou a etapa nacional e pode ganhar US$ 50 mil na etapa internacional.
De acordo com João Bourroul, responsável pela ONG, o objetivo é reinvestir o prêmio, fazendo com que a plataforma possa “conectar 1 milhão de pessoas”.
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O Cataki é um aplicativo gratuito, disponível tanto no Google Play quanto na Apple Store. Como dito anteriormente, o pagamento pela retirada dos resíduos é negociado diretamente com o catador.
Segundo informou a notícia, “100% do dinheiro gerado nas coletas fica com o catador: o app é apenas uma ponte entre quem quer reciclar e quem trabalha com reciclagem”.
Apesar da conexão ser feita através do aplicativo, não é necessário que os catadores tenham um smartphone, basta que eles tenham um número de telefone para que as pessoas possam entrar em contato. O aplicativo mostra a localização dos catadores e a forma de entrar em contato com eles, facilitando assim a vida de quem se preocupa com a reciclagem dos resíduos, mas não tem tempo ou não sabe onde descartá-los.
A estatística atual do aplicativo diz que são mais 1.400 catadores cadastrados atualmente, sendo 422 só em São Paulo. Um deles é Caio Cesar Quirino, 42 anos, que trabalha há 5 anos recolhendo resíduos e é cadastrado no Cataki há 1 ano. Em entrevista ao G1, Caio disse:
“Antes a gente ficava a esmo coletando o que achava na rua e agora já vou direto em quem fez contato. Fora que as pessoas dão valor, pagam para retirar o resíduo e valorizam o serviço. Mudou muito a forma como a gente está sendo visto”.
É o que eles chamaram de “catadores invisibilizados”, ou seja, os catadores deixaram de ser pessoas invisíveis que andam pelas ruas atrás de lixo, para tornarem-se cidadãos valorizados e respeitados. O trabalho deles é muito cansativo e já estava na hora de ser reconhecido.
João Bourroul, responsável pela ONG Pimp My Carroça, está de olho nas oportunidades de crescimento desses catadores, pois acredita que existe um grande potencial ainda não explorado nessa demanda. A intenção dele é aumentar a renda dos catadores e os índices de reciclagem no Brasil.
Se ficou interessado em conhecer mais sobre o trabalho dele e sobre o prêmio, vejam aqui o vídeo da campanha e participem!
Estamos torcendo para que o Cataki ganhe e também para que mais iniciativas como essa possam surgir!
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Categorias: Informar-se, Lixo
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