O Cerrado representa 25% do território brasileiro, mais de 2 milhões de quilômetros quadrados, é a savana mais rica do planeta, a segunda maior formação natural da América do Sul. No Cerrado estão 5% de todas as espécies do planeta e 30% da biodiversidade do Brasil. No Cerrado está 1 de cada 4 espécies ameaçadas de extinção no nosso país. São originários do cerrado animais como o lobo-guará, o tatu-canastra e o tamanduá-bandeira.
Este bioma faz de elo entre as outras quatro importantes formações vegetais – faz a ponte entre a Amazônia, a Caatinga, a Mata atlântica e o Pantanal. Se o Cerrado acabar esse elo entre os ecossistemas brasileiros se extingue.
Mas, 50% desta vegetação já foi destruída. Menos de 3 % da sua área original está efetivamente protegida em reservas ambientais e parques naturais. Este, o nosso Cerrado, é um dos biomas mais devastados do mundo. E se o ritmo de devastação deste bioma continuar, o Cerrado poderá acabar muito em breve.
O Cerrado também é considerado o berço das águas do Brasil – só ele alimenta 3 gigantescos aqüíferos subterrâneos, 6 das maiores bacias hidrográficas brasileiras e mais todo o pantanal. Você pode conhecer maiores detalhes no vídeo abaixo.
O Cerrado é como uma floresta invertida – tem árvores pequenas com raízes muito profundas -e funciona como uma grande esponja que absorve e distribui a água nas regiões que ocupa. Esta água é a que alimenta os aqüíferos e que subsidia a produção de alimento no Brasil..
A maior ameaça ao Cerrado vem da expansão das fronteiras da agricultura de grande escala: pecuária e monoculturas, principalmente dos cultivos de soja em franca expansão no centro-oeste brasileiro. O problema é a não observação das áreas de preservação, as reservas nativas que deveriam ser de 25% de cada área ocupada com lavoura ou pecuária e as margens de rio deveriam ter suas matas ciliares preservadas para que as águas se mantenham.
O Cerrado produz frutas que são usadas em sucos e sorvetes aqui no Brasil. Toda fruta que os pássaros do cerrado comem são também comestíveis para o ser humano – cagaita, mangava, mutamba, araçá, graviola, pitanga, guaraná, murici, buriti, seriguela, pequi, brejaúva, gabiroba, bacupari.
A safra dos frutos do Cerrado é final de setembro a março do ano seguinte, e cada fruta tem seus pontos de colheita próprios. Durante esses seis meses o cerrado produz uma variedade de frutas muito gostosas. Já se ofertam frescas nas feiras locais e agora também, em sorvete. Veja aqui a experiência do Seu Clóvis, que nasceu no cerrado e hoje, recordando seus tempos de criança, desenvolveu o sorvete, que ele descreve aqui neste vídeo:
E este é um vídeo interessante feito por um produtor de sorvete de frutas do cerrado, que replanta o Cerrado em Goiânia, mostra suas variedades e conta como resolveu fazer sorvetes dessas frutas que são pouco conhecidas nas cidades.
Ou esta outra experiência, de uma fazenda de pecuária leiteira e que agora, produz frutos do Cerrado.
São experiências que mostram que a agricultura pode respeitar o bioma, em benefício de todos.
E finalizamos com o vídeo abaixo que é uma campanha da WWF Brasil pela preservação do Cerrado.
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Fonte foto: wikipedia.org
Categorias: Biodiversidade, Informar-se
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