Ontem, 18, o Departamento Nacional de Produção Mineral, informou em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, que há risco de rompimento de novas barragens – Germano e Santarém – em Mariana-MG.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Extração de Ferro de Mariana, confirmou o risco iminente e disse que é necessário implementar um plano de ação para evitar novos danos.
Durante a audiência não faltaram críticas à mineradora Samarco que, tendo sido convidada, não compareceu para comentá-las.
Falou-se que a empresa poderia ter avisado os moradores sobre o rompimento da barragem, duas horas antes da lama invadir o distrito, impedindo a fuga das pessoas. Também foi muito criticado o decreto da excelentíssima presidente Dilma Rousseff.
O Decreto 8.572/15 acrescentou o rompimento de barragens à lista de “desastres naturais” para que os atingidos pelo acidente, pudessem sacar o saldo do FGTS. A Casa Civil defendeu o indefensável alegando que o decreto de maneira alguma eximiria a empresa de arcar com suas responsabilidades, mas como bem observou a subprocuradora da República Sandra Cureau, “Isso pode ser usado pela Samarco para dizer que não deu causa ao desastre. Se foi natural, não é responsabilidade de ninguém. A presidente não pode editar um decreto dizendo que um quadrado é redondo, que uma laranja é azul.”
Também o valor das multas aplicadas foi super criticado durante a audiência e, principalmente o prefeito de Mariana, Duarte Junior, teme uma grave crise financeira a ser enfrentada pelo município, por causa do desastre.
O jeitinho brasileiro continua imperando, como se vê por aqui e, se novas barragens se romperem, será realmente o máximo da imprudência, da imperícia e da negligência que assola o país.
Enquanto isso, os números atualizados do maior desastre ambiental dos últimos tempos no Brasil são: 7 mortos identificados, 12 desaparecidos e mais de 600 desabrigados.
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Fonte foto: jornalggn.com.br
Categorias: Ambiente, Informar-se
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