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As espécies de palmeiras do gênero Phytelephas têm um diferencial muito interessante, pois produzem sementes duras e claras que se assemelham ao marfim, por isso são muito utilizadas como alternativa vegetal e cruelty-free ao marfim cruelmente extraído dos elefantes.
Além desse importante uso, têm outras utilidades e benefícios.
Neste conteúdo, será apresentada uma das espécies desse gênero de palmeiras, que é a Phytelephas aequatorial.
Saiba mais sobre essa frondosa, perene e sustentável palmeira com as informações a seguir.
Phytelephas é uma palavra que vem do grego:
E por isso possui significados como:
A espécie Phytelephas aequatorial e outras do mesmo gênero são conhecidas por vários nomes comuns como:
A Phytelephas aequatorialis é uma palmeira espinhosa, nativa de densas florestas tropicais, quentes e úmidas, como a Amazônia do Brasil, do Equador, do Panamá e do Peru.
Esta é uma palmeira solitária que cresce cerca de 16 m de altura, com diâmetro de tronco de até 30 cm, que tem uma coroa formada por folhas grandes e redondas, com cada folha medindo cerca de 5-6 m de comprimento.
Esta palmeira dá frutos grandes, cônicos e de cor marrom cobertos por uma casca espinhosa.
Os frutos contêm sementes, que quando maduras são mais duras que madeiras e encapsuladas por uma casca de aspecto ósseo, semelhante ao marfim. Entretanto, quando novas apresentam polpa doce comestível.
Veja neste vídeo do canal BananaJSSI, imagens mostrando a floresta de taguas. Para ver a legenda em português, clique no botão de configuração na barra inferior e ative a tradução automática.
A palmeira tagua leva de 14 a 15 anos do crescimento à colheita dos primeiros frutos e, a partir daí, a produção é espontânea, contínua e prolongada em todos os anos.
Essa palmeira oferece aproximadamente 3 colheitas a cada ano.
O tempo de vida dela pode ser mensurado por sua altura. Para se ter uma ideia, um espécime de dois metros de altura tem a idade aproximada de 35 a 40 anos.
A partir da frutificação, ela produz anualmente de 15 a 16 frutos, também conhecidos como mocochas, contendo dezenas de sementes.
Animais roedores, como o esquilo, a paca (Agouti paca) e a cutia (Dasyprocta), carregam as sementes para longe da palmeira tagua e depois comem o mesocarpo (parte interna carnuda) ou enterram as sementes para comer depois.
O comportamento destes roedores contribui para a propagação natural desta palmeira.
Outra forma de dispersão das sementes e propagação natural é através da inundação provocada pelos rios.
Ademais, essa palmeira é visitada por diversas espécies de abelhas e outros insetos que realizam a polinização dessa planta.
A palmeira-marfim tem diversas utilidades como:
A semente é comestível e o seu endosperma é consumido como bebida.
Das sementes também pode-se obter uma farinha utilizada como alimento para animais.
As folhas desta palmeira também têm utilidade, sendo comumente usadas para fazer os telhados das casas dos camponeses.
Das folhas também são extraídas fibras que são utilizadas para a confecção de cordas.
As folhas secas tornam-se palhas que servem para cobrir os locais onde descansam os animais.
Do endosperma de suas sementes, que é duro, pesado e de cor creme, produzem-se vários produtos artesanais.
Quando o endosperma é polido fica bem semelhante ao marfim verdadeiro.
Após polido e esculpido, o endosperma pode ser transformado em diversos utensílios, como:
Este vídeo do canal Amazon Sat, mostra biojoias feitas a partir das sementes da palmeira-marfim, conhecida no Amazonas como jarina:
De acordo com essa pesquisa, as várias partes da espécie Phytelephas aequatorialis oferece diversos benefícios, como:
Toda a inflorescência masculina fornece ao gado uma composição nutricional semelhante ao azevém.
Os cachos de flores fornecem aos humanos 102 Kcal/100 g, cerca de quatro vezes a densidade calórica da couve-flor ou brócolis.
O mesocarpo (polpa) é fonte de:
Além dos benefícios mencionados, a produção dessa palmeira ocorre de forma sustentável e natural, ou seja, os frutos caem naturalmente e se agrupam no solo. Então, podem ser coletados do chão para serem utilizados.
A coleta e a extração do marfim vegetal promove a preservação dos elefantes, animais que são explorados e caçados para retirar e comercializar as suas presas brancas.
Além disso, a produção e venda de produtos de marfim vegetal beneficia os camponeses que vivem da coleta das sementes dessa palmeira.
Com tantas utilidades, empregos e benefícios, essa palmeira pode ser considerada uma dádiva natural!
Você já tinha ouvido falar da tagua, da planta-elefante ou do marfim vegetal?
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Fonte foto: Solstizio
Categorias: Usos e benefícios
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