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Saborosa, energética, nutritiva e rica em minerais, especialmente o potássio, assim é a castanha de baru.
O baru (Dipteryx alata Vog.) é uma árvore da família Leguminosae, nativa do Bioma Cerrado, de onde se aproveita a polpa e a semente do fruto, além da madeira. A planta vem sendo usada pela população regional como fonte de subsistência e renda familiar.
Popularmente, dependendo da região, é conhecida como
De fato, esta planta é parente da Cumaru, a árvore perfumada, de nome científico Dipteryx odorata.
Segundo a publicação da Embrapa, a ocorrência do baru é ampla no Brasil, podendo ser encontrada “em Cerradão nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso e em 26% das 316 áreas de Cerrado Sentido Restrito (Tocantins, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul)”.
Para os biólogos e pesquisadores Sueli Matiko Sano, José Felipe Ribeiro e Márcia Aparecida de Brito, autores do artigo “Baru: biologia e uso”, a importância do baru fica ainda maior, “porque apresenta, também, destaque ecológico, podendo ser classificado como espécie-chave do Cerrado, uma vez que seu fruto amadurece na época seca e alimenta várias espécies da fauna dessa região, incluindo o gado”.
Da planta se aproveita tudo:
A castanha de baru não deve ser consumida crua porque possui alto teor de inibidor de tripsina, que dificulta a absorção de nutrientes importantes para o organismo.
Porém, a simples torrefação da castanha inativa o inibidor de tripsina e ela fica perfeita e apta para o consumo.
Da castanha do baru também podem ser obtidas a farinha e os óleos essenciais, de ótima qualidade por sinal, comparado ao azeite de oliva, em grau de instauração e, normalmente é usado como aromatizante para o fumo, em tratamento medicinal e na indústria de cosmético.
Segundo Paulo Ernani Ramalho Carvalho, Engenheiro Florestal, pesquisador da Embrapa Florestas, “a composição dos ácidos graxos desse óleo revelam um teor relativamente alta de ácido linoleico”.
A castanha de baru apresenta elevados teores de proteínas (entre 23% e 30%) e de lipídios (cerca de 40%), sendo rica também em cálcio, ferro, fósforo e manganês, assemelhando-se à composição característica das nozes.
Nesta tabela constam as qualidades nutricionais da castanha de baru – componente/100g
Aminoácidos
Semente crua Semente torrada
Valina 4,49 – 4,53
Isoleucina 3,00 – 2,79
Leucina 7,15 – 7,04
Treonina 3,04 – 2,95 ½
Metionina 074 – 0,84
Tirosina 2,34 – 2,10
Fenilalanina 4,20 – 4,20
Histidina 2,10 – 1,95
Lisina 5,65 – 4,17
Triptofano 1,26 – 0,92
Ácido aspartico 7,47 – 7,56
Serina 3,03 – 2,91
Ácido glutâmico 19,18 – 19,30
Prolina 4,17 – 4,20
Glicina 3,79 – 3,80
Alanina 3,64 – 3,67
Arginina 7,26 – 6,99
As castanhas de baru apresentam propriedades
Ou seja, possui propriedades sudoríferas, tônicas e reguladoras da menstruação.
Na medicina popular, o óleo extraído da castanha do baru é usado como antirreumático e antiespasmódico.
A semente é considerada fortificante e usada para combater cólicas menstruais.
Popularmente, a castanha de baru é considerada o “viagra do cerrado”.
Conheça os benefícios da castanha de Baru em:
10 Benefícios do Baru, um Excelente Aliado para Nossa Saúde
As castanhas de baru podem substituir qualquer outro tipo de castanha, noz ou amendoim ou as oleaginosas, em geral.
Assim, na próxima vez que for consumir esse tipo de semente, lembre-se do baru, além de delicioso é nativo!
Em função da procura pela madeira utilizada para fabricação de carvão vegetal, cercas (moirões), indústria moveleira, construção civil, entre outros usos e, dado o crescente e incessante desmatamento do Cerrado, o baru está ameaçado de extinção.
Por isso, é necessário e urgente maior fiscalização e controle quanto ao uso e corte indiscriminado do baru e com o próprio Cerrado, berço, terra e raiz de um bioma que precisa ser protegido, a qualquer custo e pelo bem da humanidade.
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