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A azedinha (Rumex acetosa) é também conhecida com outros nomes como azeda, vinagreira, azeda-de-ovelha e língua-de-vaca. Com sabor único e cheia de propriedades nutritivas e curativas, a azedinha pode ser utilizada na culinária e em tratamentos medicinais.
Conheça mais detalhes sobre essa planta comestível não convencional, que é um verdadeiro alimento medicinal.
A azedinha é uma planta herbácea perene, com folhas verde-escuras, ovais, largas, compridas e lisas. Tem textura semelhante à do agrião, chega até 60 cm de altura e o seu caule é oco e avermelhado.
As flores da azedinha são verdes ou avermelhadas e se formam em cachos.
Este vegetal se desenvolve bem em solos ricos em ferro, úmidos, em áreas sombreadas próximas a cursos d’água.
Essa planta pode ser colhida o ano inteiro, pois após a colheita, a raiz produz novas folhas.
A azedinha vem sendo utilizada desde a antiguidade, sendo uma planta originária da Europa e da Ásia.
Os egípcios e os romanos a utilizavam como condimento, devido ao seu sabor ácido, na preparação de caldos e sopas.
Os gregos e os romanos se beneficiavam das propriedades da azedinha para melhorar a digestão.
O imperador persa Carlos Magno cultivava essa planta nos jardins do palácio.
Os médicos e curandeiros medievais usavam a azedinha para tratar e curar a cólera, a peste e o escorbuto.
A azedinha é uma planta com alto teor de celulose, o que lhe confere a propriedade de sanar problemas intestinais.
Nos princípios ativos da azedinha encontram-se os oxalatos de cálcio (responsável pelo sabor azedo), oxalato de potássio, ácido oxálico, ácido tartárico, ácido tânico, antraquinonas e substâncias como amido, mucilagem e óleos.
É um vegetal rico em minerais como potássio e magnésio, além de antioxidantes, especialmente o resveratrol, nutriente que previne problemas cardiovasculares e alguns tipos de câncer.
Essa hortaliça possui efeito hepatoprotetor beneficiando as células do fígado. Para esse fim pode-se tomar uma xícara (chá) de azedinha, três vezes por semana.
Devido à presença de oxalatos e antraquinonas, a azedinha tem propriedades diuréticas, digestivas, purificantes e anti-inflamatórias.
Por conta de sua composição nutricional e princípios ativos, a azedinha tem as seguintes
Pessoas que apresentam pedras e cálculos renais, artrite, gota, reumatismo, hiperacidez não devem fazer uso da azedinha.
A ingestão elevada das folhas da azedinha produz intoxicações com lesões renais.
A azedinha apresenta incompatibilidade e reatividade se utilizada concomitantemente com água mineral e recipientes de cobre, podendo produzir efeitos adversos no organismo.
Para preparar a azedinha basta lavar suas folhas em água corrente para remover as impurezas e deixar de molho em solução antisséptica para verduras (que pode ser vinagre ou bicarbonato de sódio) diluída em água.
Como a azedinha é rica em vitamina C deve ser utilizada rapidamente e de preferência crua, para manter intactas suas propriedades saudáveis.
Para saladas, é recomendável utilizar as folhas mais tenras e jovens, pois, são menos ácidas.
Utilize as folhas mais viçosas, sem manchas escuras ou de bolor. Após lavadas, tempera-a gosto com azeite, limão e sal.
Para o cozimento, as folhas mais novas são as ideais, pois, cozinham mais rápido. Em contrapartida, as mais velhas são mais ácidas e necessitam de duas a 3 trocas de água para reduzir a acidez.
Não cozinhe a azedinha em panela de ferro, pois, a elevada acidez desse vegetal muda a cor da panela.
O ideal é consumir a azedinha após a colheita, mas, se não for possível, pode-se conservá-la em embalagem limpa e seca, por 3 dias, no máximo.
Uma planta fácil de plantar e manter, porque resistente e pouco exigente em termos de adubação. Sendo uma herbácea perene, ela não tem sementes. Por isso, para plantá-la é preciso ter uma planta matriz para a retirada de uma touceira das mudas, que serão plantadas dando origem a outras azedinhas.
Veja no vídeo do Canal Quintal Florestal, outras dicas de uso e de como plantar azedinha.
Quem ainda não conhece o sabor da azedinha e seus nutrientes, com todas essas informações, já sabe das vantagens de seu consumo como alimento e de suas propriedades medicinais.
Agora, é só consumir e saborear o gosto peculiar e diferenciado desse vegetal, recebendo os benefícios que ele proporciona para a saúde.
Bom apetite!
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Categorias: Usos e benefícios
Publicado em 27/03/2022 às 6:02 pm [+]
Por favor! No tempo dos egípicios e romanos não se conhecia os tomates, originários da América do Sul (Perú). Favor corrigir a informação acima.
Publicado em 29/03/2022 às 5:52 am [+]
Informação corrigida. Agradecemos o comentário. A fonte, italiana, que usamos fala em tomate mas naquele tempo, de fato, o tomate estava seu local de origem, na América. Obrigada!