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As plantas medicinais vêm ganhando espaço como forma terapêutica e curativa, servindo como aliadas para o tratamento de várias doenças e males físicos. Para poder fazer o uso correto dessas plantas é necessário conhecê-las e, para distingui-las, é preciso saber identificar e estudar mais sobre suas propriedades, benefícios e formas de uso. Neste conteúdo serão compartilhadas informações sobre o anis-verde. Aprenda mais sobre essa planta para poder utilizá-la.
Algumas plantas por serem muito parecidas geram confusão, e passamos a utilizá-las como se tratassem da mesma planta. Por isso é bom também conhecer o nome científico da planta, para distinguir uma da outra, e não correr o risco de não obter o efeito terapêutico almejado.
Exemplos disso são a Foeniculum vulgare e a Pimpinella anisum que várias pessoas consideram ser a mesma planta, tratando-as como sendo erva-doce.
Ambas são da família Apiaceae, têm frutos similares, ambas contém anetol no óleo essencial, o que explica o aroma parecido, entretanto possuem componentes diferentes que lhes conferem efeitos terapêuticos distintos.
O anetol, substância comum dessas duas espécies, lhes confere o sabor adocicado que é 13 vezes mais adoçante que a própria sacarose. As duas espécies são diferentes no porte, cor das flores e forma das folhas.
O nome popular da planta Foeniculum vulgare, na realidade é funcho e os nomes populares da Pimpinella anisum. é Erva-Doce ou Anis-Verde.
A Pimpinela anisum, também chamada de anis-verde ou erva-doce, não confundir com o anis-estrelado (Illicium verum), é uma planta aromática e melífera, que atrai abelhas.
Pertencente à ordem botânica Apiales, da qual fazem parte o endro (Anethum graveolens), o cerefólio (Anthriscus cerefolium), o aipo (Apium graveolens), o coentro (Coriandrum sativum), o cominho (Cuminum cyminum), a cenoura (Daucus carota), a salsinha (Petroselinum crispum), o funcho (Foeniculum vulgare), entre outros.
A Pimpinella anisum ou anis-verde, é aquela da qual usamos suas “sementes”, que na realidade são os frutos secos da planta para fazer o bolo de fubá com erva-doce e o chá de erva-doce.
O Foeniculum vulgare é conhecido como funcho ou falso-anis. É nativo da Europa Mediterrânea, do norte da África e da Ásia ocidental, e é bem cultivado em todo o Brasil, até de forma caseira em quintais.
O seu cultivo teve início no Brasil no período da colonização, com os imigrantes italianos. Os maiores cultivos brasileiras estão no Paraná, mas existem áreas de produção de Foeniculum vulgare no agreste nordestino, principalmente na Paraíba, Pernambuco e Sergipe, geralmente cultivado em sistema de agricultura familiar.
Foeniculum vulgare tem ainda um outro nome popular: erva-doce-de-cabeça. Esta planta pode ser consumidas em chá, saladas e como tempero.
O Anis-Verde é constituído dos seguintes princípios ativos: anetol, isoanetol e anisaldeído, metilchavicol (derivados dos dimetílicos de estiboestrol), óleo fixo, proteínas, colina, açúcares, cumarinas, ácidos orgânicos, flavonóides, esteróis.
As propriedades Medicinais do Anis-Verde ou Erva-Doce são:
Além disso, o Anis-Verde possui as seguintes propriedades nutricionais:
Em suma, esta planta é rica em fitonutrientes e óleos aromáticos.
O Anis-Verde, desde tempos remotos, é usado para:
Em geral, o Anis-Verde é indicado para os seguintes casos:
O Anis-Verde pode ser consumido das seguintes formas:
Cataplasma: Aplica-se folhas frescas como cataplasmas para aliviar contusões e engorgitamento dos seios (seios empedrados).
Compressas, lavagem e colírio para os olhos: essas aplicações servem para tratar conjuntivites e outras inflamações oculares. As compressas nos olhos, reduzem o inchaço das pálpebras provocadas por cansaço. Na forma de colírio, faça o chá de Erva-Doce, coe e ponha com um conta-gotas nos olhos.
Dosagens e Modo de Usar:
Infusão: 3 g de frutos secos (conhecidos como sementes) para 1 xícara de água fervida. Deixar em repouso por 5 minutos. Tomar 1 xícara após as refeições (no mínimo duas horas depois de se alimentar) e outra antes de deitar (no mínimo meia hora antes).
Tintura: adultos-50 – 80 gotas ao dia / crianças: 10 – 20 gotas
Essência: 3 a 5 gotas diluídas em água. Toma-se 3 vezes ao dia.
Pó/Cápsula: No máximo 2 g diários
Alguns dos casos que comumente o Anis-Verde ou a Erva-Doce podem ser empregado de forma interna são para problemas digestivos, cólicas dos bebês, gases e outros distúrbios do trato digestivo.
Veja alguns exemplos:
Ter Anis-verde em canteiros ou vasos é uma alternativa natural para repelir insetos, como pernilongos, moscas e mosquitos.
Os grãos do Anis-Verde são ingredientes essenciais utilizados em várias receitas de doces e também na preparação de receitas culinárias com couve-flor, brócolis e legumes.
O óleo essencial de anis-verde é empregado de forma farmacológica para conferir sabor e odor agradáveis aos medicamentos, em confeitaria e na fabricação de licores e guloseimas.
CONTRAINDICAÇÕES
Anis-Verde é contraindicado para quem tem por úlcera duodenal, refluxo, colite ulcerosa ou diverticulite, devendo também ser evitado por pacientes fazendo suplementação de ferro. O óleo de anis-verde é contraindicado na gravidez e amamentação.
CONSULTE SEMPRE UM MÉDICO!
PRECAUÇÕES PARA USO E CONSUMO DO ANIS-VERDE
Pessoas hipersensíveis a óleos essenciais podem apresentar reação alérgica ao uso do anis-verde. Pacientes com sérios problemas neurológicos ou estomacais não devem tomar a tintura ou óleo essencial desta planta. O anis por conter enatol, ingerido em grandes quantidades pode provocar toxidade, desencadeando efeitos como alucinações, desorientação, tonturas e perda de consciência, delírio e convulsões.
Há milhares de anos esta planta tem suas propriedades e poderes curativos e terapêuticos reconhecidos por vários povos, desde o Ocidente até o Oriente.
Não é à toa que sua ampla utilização vem sendo difundida de geração em geração, por isso incluir o chazinho de anis-verde no dia a dia é muito benéfico, pois é uma forma de melhorar nossa saúde e nosso ânimo.
Quando estiver de mau-humor, lembre-se de tomar um chá de Anis-Verde!
Categorias: Usos e benefícios
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