Taboa, uma planta comestível! Mas para que serve e quais são os benefícios?


Muitas pessoas sabem que as plantas podem ser muito úteis não somente na alimentação, mas também como remédios naturais. Algumas delas, no entanto, graças às suas peculiaridades, acabam desconhecidas de grande parte da população. Você já ouviu, por exemplo, falar da taboa?

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A planta que já foi vista até mesmo como praga pode ser muito útil e trazer diversos benefícios à saúde. Abaixo conheça tudo sobre ela e aprenda a aproveitar o que a natureza tem de melhor.

O que é

A taboa (Thypha domingensis) é uma planta aquática, que chega a medir cerca de 3 metros de altura.

É encontrada em várias partes do mundo, graças ao seu caráter adaptável. Entre os lugares de preferência estão os ambientes com água doce. A planta também ajuda a descontaminar as águas.

Ela é composta por caule, folhas verdes e um conjunto de flores que lembra o formato de um charuto.

As sementes da taboa se espalham pelo vento na época de sua reprodução.

Para que serve

Um dos usos mais tradicionais da taboa é para confecção de papeis e artesanatos, mas ela também pode ser utilizada medicinalmente, principalmente para tratar lesões de pele, e é comestível.

Alguns usos menos comuns incluem o uso da taboa na confecção de flechas, como iscas de fogo, alimento para peixes e enchimento de travesseiros, almofadas e colchões.

A planta é também uma importante depuradora, ajudando a reduzir a contaminação bacteriana nas águas, e absorvendo metais pesados.

Taboa, a planta comestível não convencional – PANC

O termo PANC se refere a plantas alimentícias não convencionais, como é o caso da taboa.

Tanto a raiz quanto o caule podem ser utilizados em diversos pratos, como saladas e farinha. Ela pode ser consumida crua ou cozida. É importante lavar bem a planta, pois ela contém um sabor amargo, principalmente por causa de seu aspecto fibroso.

Também é essencial saber escolher o local adequado para colher as taboas, pois como ela absorve metais pesados, se a água estiver poluída, a planta pode conter metais pesados perigosos à saúde.

Os brotos e o centro do caule podem ser consumidos como “palmito“. Das inflorescências (que se assemelham às “salsichas”) retira-se um pólen que pode ser comido cru, em cereais ou em massas para pães, bolos, biscoitos.

Benefícios e usos medicinais

A taboa contém uma boa dose de minerais, como manganês, fósforo, zinco, potássio e enxofre, e pode ser utilizada medicinalmente nas seguintes situações:

  • Como antisséptico – A planta contém um gel nas folhas que pode ser usado para tratar lesões de pele, evitando potenciais ações de micro-organismos nocivos;
  • Como analgésico – A taboa contém propriedades analgésicas e anti-inflamatórias e pode ser usada para aliviar a dor e inflamação;
  • Como coagulante – Sangramentos excessivos, como ciclos menstruais intensos e ferimentos, podem ser tratados com taboa, pois ela tem o poder de diminuir a velocidade do fluxo de sangue e também ajuda na coagulação;
  • Como cicatrizante – A taboa contém propriedades cicatrizantes, sendo indicada para tratar lesões de pele, como queimaduras e feridas, bem como picadas de inseto;
  • Para acalmar dores estomacais – Vários problemas de estômago podem ser tratados com taboa, principalmente pelo uso do chá da planta.
  • Mulheres em pós-parto podem usá-la para acalmar as dores abdominais comuns no puerpério;
  • Para infecções urinárias – Graças às propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e antissépticas a taboa pode ser usada também no tratamento de infecções urinárias;
  • Para tratar aftas – Lesões na mucosa bucal também podem ser tratados com taboa.

Cuidados e precauções

Como dissemos, é bom saber a origem da taboa que irá comer pois, como se trata de uma planta que filtra e purifica a água, ela pode conter metais pesados e parasitas se a água estiver contaminada. Pessoas com problemas de saúde, que fazem tratamentos medicamentosos, que tenham alergias, grávidas e mulheres que estão amamentando, devem sempre procurar recomendação médica antes de fazerem tratamentos médicos caseiros.

As raízes devem ser bem cozidas antes do consumo para evitar eventuais doenças causadas por parasitas, e toda a planta deve ser bem lavada antes de comer.




Cintia Ferreira

Paulistana formada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro, tem o blog Mamãe me Cria e escreve para greenMe desde 2017.


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