Chá de Bugre – Como Usar e Efeitos Colaterais


O chá de bugre, porangaba, também é a Cordia salicifolia Cham ou Cordia ecalyculata Vell, como são mais mencionadas na fitoterapia. Esta é uma planta nativa do nosso país, de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, e também nas zonas adjacentes da Argentina e Paraguai. É medicinal consagrada.

Apesar de ser consagrada na medicina popular e na fitoterapia, uma das suas indicações, o emagrecimento, não tem, ainda, confirmação científica como se pode ler nesta muito completa revisão da Faculdade de Farmácia da Federal do Rio Grande do Sul.

E, se você já ouviu falar de cafezinho, café-do-mato, chá-de-frade, louro-salgueiro e louro-mole, saiba que é da porangaba ou chá de bugre que estão falando. E no mercado dos chás fitoterápicos você vai encontrar chá de bugre como “pholia magra” (em cápsulas), um nome que, claramente, quer induzir quem compra para os benefícios do emagrecimento.

Mas, cabe sempre lembrar que nomes comuns, regionais, são aplicados, os mesmos, à plantas bem diversas então, não há nada melhor do que buscar identificar o espécime vegetal pela sua denominação taxonômica, é claro.

USO MEDICINAL POPULAR DO CHÁ DE BUGRE

Um trabalho publicado na Revista de Enfermagem sobre o uso popular do chá de bugre e suas indicações afirma que esta erva, em infusão, tintura ou decocto, é bastante indicada para problemas de saúde que impliquem em “desinchar”, “limpar o sangue” e diminuir os níveis sanguíneos de colesterol” e, verifica-se que o aspecto “emagrecer” vem anexo à perda de líquidos corpóreos, inclusive o líquido intersticial celular. Ou seja, o chá de bugre é, realmente, um poderoso diurético.

Mas não só: em pesquisa com animais (relato no texto), comprovou-se também a redução dos níveis de colesterol sérico.

Outros usos populares do chá de bugre é como tônico e contra viroses. Esta última condição curativa foi verificada experimentalmente, no Japão, contra o vírus da herpes.

Na ritualística afrobrasileira, o chá de bugre entra nos banhos de abô e nas obrigações assim como, também é recomendado seu consumo como diurético e tônico.

Nas culturas indígenas das regiões de chá de bugre esta erva é usada para tratar problemas de hidropisia cardiopática, perda de peso, tônico cardíaco, problemas renais e redução de ácido úrico.

O chá de bugre é eficiente para o tratamento de estrias e celulites, tanto por uso interno como externo, porém também não há comprovação científica que apoie essa indicação bastante comum.

COMO SE PREPARA A TINTURA DE CHÁ DE BUGRE

O mesmo estudo indica que esta tintura é preparada por infusão em álcool de cereais ou também, pela decocção das folhas. Recomenda-se o consumo, até 3 vezes ao dia, de 5 gotas de tintura em 50 ml de água, por um período de até 20 dias.

Outras indicações de como usar: a infusão, o chá, a tintura ou decocto do chá de bugre, são estas, a de fazer com folhas secas, casca do fruto ou casca do tronco desta pequena árvore nativa, usando-se das seguintes medidas:

“4g de folhas frescas ou 2g de folhas secas (1 colher de sopa para cada xícara de água) em infuso ou decocto, 2-3 vezes diariamente trinta minutos antes de refeições;

2-3 ml de tintura diluída em água duas vezes por dia;

2 a 3g de folha em pó em tabletes ou cápsulas 1 -3 vezes diariamente”.

Já, quanto ao modo de usar, a indicação é de que se consuma 30 minutos antes de cada refeição principal, de 2 a 4 vezes ao dia, que é a forma comumente indicada para o consumo das cápsulas fitoterápicas.

A fitoterapia vende a “pholia magra”, em cápsulas, como moderador de apetite e se recomenda seu consumo de 30 minutos a 1 hora antes das refeições, porém, como já dissemos, não há comprovação científica de que faça esse efeito alegado.

EFEITOS COLATERAIS

O site de pesquisas Plantas que curam refere que esta planta pode ser algo tóxica para as pessoas que são afetadas pela cafeína, podendo causar insônia, hipertensão, dores estomacais, enxaquecas.

Não se aconselha sua ingestão por gestantes, lactantes ou crianças pois, não há estudos que apontem seus efeitos nessa população.

As diversas receitas para este chá variam pouco quanto às quantidades de folhas, extrato seco da planta, por litro de água e você deverá buscar a que melhor efeito tenha no seu organismo. Não se esqueça que a sensibilidade aos princípios ativos é uma resultante individual. Porém, não exceda as dosagens que indicamos aqui pois, para nossa pesquisa usamos sites que são confiáveis para este assunto.




Redação greenMe

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Este artigo possui 2 comentários

  1. Nelsi Heck
    Publicado em 30/12/2020 às 11:25 am [+]

    Ótimo ensinamentos, obrigada


  2. Daia Florios
    Publicado em 02/01/2021 às 12:00 pm [+]

    <3 A você <3


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