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O barbatimão é uma daquelas plantas medicinais que o povo conhece bem e usa melhor ainda – afinal, as cascas desta árvore, Stryphnodendron adstringens, uma acácia das nossas matas, já era usada pelos indígenas em sua sábia medicina.
Um estudo da farmacologia do barbatimão, publicado na Revista Panorâmica On-Line nos dá uma ideia bastante ampla de usos e cuidados em relação a esta planta brasileira, nativa dos nossos cerrados e que, outrora, abundava desde o Amapá até o Paraná.
O que o barbatimão tem em quantidade são os taninos, substâncias fenólicas hidrossolúveis responsáveis pela maior parte das atividades farmacológicas desta planta (e de outras, igualmente ricas em taninos, claro).
Dos taninos, e sua combinação com alcalóides, saponinas, flavonóides e resinas que o barbatimão contem resultam sua ação como antisséptico, anti-inflamatório, hemostático, anti-edematogênico, antioxidante, anti-diabético, adstringente, anti-hipertensivo, analgésico, cicatrizante e antimicrobiano.
Seus bons resultados na cura já são bastante comprovados (leia no artigo que citei acima) assim como o emprego de barbatimão (tintura, lavados) nos tratamentos de gonorréia, leucorréia, hérnia, malária, afecções hepáticas, feridas hemorrágicas, queimaduras, diarréias, gastrite, úlceras, reumatismo, problemas renais, dores de garganta, hemorróidas e conjuntivite.
Um dos nomes indígenas do barbatimão é “Iba Timo”, ou seja, árvore que aperta – se refere ao seu poder de adstringência que, em banhos de assento, é capaz de revigorar a mucosa e musculatura vaginais (é conhecido este banho de assento como um restaurador da virgindade feminina, pela contração duradoura do hímen e seu aparente fechamento).
A quantidade de tanino que se pode extrair do barbatimão, assim como o pigmento vermelho de sua casca, foram usados na indústria de curtumes e também para se fabricar tinta de escrever.
Da casca do barbatimão se produz a tintura – por decocção – para o tratamento de úlceras, feridas, impigens, doenças da pele, afecções da garganta, corrimento vaginal, leucorreia, gonorreia, catarro uretral e vaginal; colite, diarréia, escorbuto, anemias, hemoptises, hemorragia uterina, gastrite, úlcera gástrica, câncer, afecções hepáticas, diabetes.
O uso do barbatimão é eficaz com anticancerígeno, antifúngico, contra o Staphylococcus aureus, inhibe efeitos enzimáticos e biológicos das peçonhas de serpentes botrópicas (cascavél), age contra micro-organismos da cárie dental, e tem ação sobre o Trypanosoma cruzi e Leishmania amazonensis, dentre outras. É, portanto, um espécime vegetal da nossa flora muito promissor para a fabricação de medicamentos, ou seja, de interesse da indústria farmacêutica. Porém, como todo o bioma cerrado, está em risco de extinção.
E das folhas, em infusão ou maceração em vinho, se produz um tônico depurativo e medicamento para tratamento de hérnias internas.
O uso de tintura ou lavados de barbatimão são contraindicados na gravidez por falta de estudos específicos sobre os possíveis efeitos teratogênicos da sua composição.
As sementes são tóxicas e não devem ser ingeridas – em caso de ingestão acidental é necessário o esvaziamento gástrico e tratamento sintomático. Sua ingestão poderá levar à morte.
Veja uma série de indicações de uso do barbatimão que são confiáveis:
Pode-se pulverizar o pó das cascas de barbatimão diretamente sobre feridas externas (desinfeta, seca, desinflama e cicatriza).
Uma das formas de uso adequadas para o barbatimão é a pomada da casca pulverizada. Nesta formulação é fácil de usar o barbatimão e seu poder no tratamento de feridas externas. Veja como preparar uma pomada caseira.
Fonto fotos wikipedia
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